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Vem aí o novo Museu Ferroviário de Santos

Saiba onde fica e como será a reforma que vai dar origem ao novo equipamento histórico e cultural do Centro de Santos.

Tempo de leitura: 4 minutos

A restauração do armazém histórico do Valongo que vai abrigar o Museu Ferroviário de Santos deve começar ainda em 2025.

Esse novo capítulo para o Centro Histórico de Santos promete transformar o famoso Armazém de Bagagens e Antigo Pátio Ferroviário de Santos, no Largo Marquês de Monte Alegre. Este será o maior museu ferroviário do Brasil.

A expectativa é que a chegada desse polo cultural e histórico, resultado da parceria entre Prefeitura de Santos e Governo do Estado, fortaleça a revitalização dessa área da cidade.

www.juicysantos.com.br - Onde vai ficar o novo Museu Ferroviário de Santos?

Para quem vive, trabalha ou passeia pela região, a obra traz a promessa de mais vida, turistas e oportunidades. Além disso, valoriza o que Santos tem de mais autêntico: sua história ligada ao porto e aos trilhos.

Ferrovias e Santos: entenda a conexão

Quando pensamos no desenvolvimento de Santos (e da própria Baixada Santista), logo vêm à cabeça as imagens de navios, cais movimentados e a ligação fundamental com São Paulo. Para tudo isso acontecer, foi a chegada da ferrovia – especialmente a histórica São Paulo Railway, no século XIX – que conectou o interior paulista ao porto de Santos. Ela revolucionou o escoamento do café, colocando a cidade no mapa do crescimento rápido do estado e do Brasil.

Hoje, há todo um resgate desse passado ferroviário em várias regiões do país, com museus e rotas turísticas voltadas para trens históricos.

Em São Paulo, por exemplo, as rotas turísticas de Paranapiacaba e Campinas atraem milhares de visitantes por ano. A aposta em Santos segue justamente essa tendência de valorizar a história. Ao mesmo tempo, foca em fomentar o turismo urbano e a economia criativa, algo essencial para municípios como o nosso.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), museus ferroviários são importantes não só para preservar objetos, mas também para contar como o transporte sobre trilhos mudou cidades, comportamentos e negócios. O projeto em Santos, além de ampliar a oferta cultural local, conecta passado e futuro. Revitaliza um espaço tombado e dá novo significado para a zona portuária.

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Como será o Museu Ferroviário de Santos?

O processo para dar vida ao Museu Ferroviário – e reforçar o potencial do Centro como distrito turístico – já começou.

A licitação para contratação da empresa responsável pela obra está em andamento. E a previsão é de os trabalhos iniciarem até o fim deste ano.

O restauro do imóvel que abrigará Museu Ferroviário de Santos terá duração prevista de 18 meses, com investimento total de quase R$ 13 milhões. Uma parte desse dinheiro vem de convênio com o Governo do Estado.

O museu ficará no Armazém de Bagagens, famoso entre quem conhece o Valongo, além do antigo pátio ferroviário. Todo o projeto foi elaborado com base nas diretrizes de preservação do patrimônio. O edifício é tombado com nível de proteção NP2 (com proteção de fachada, volumetria e telhado). Atende regras do Condephaat e normas modernas de acessibilidade e segurança para prédios públicos.

No futuro museu, o público vai encontrar um acervo de peso, com locomotivas históricas (nº 611 e nº 811), carros de passageiros, réplicas de bondes, peças mecânicas, bilhetes, mobiliário, uniformes, mapas e fotografias que ajudam a contar o papel das ferrovias não só em Santos, mas no desenvolvimento do Brasil.

Peças que preservam a memória da cidade e do país

Alguns dos bondes que vão estar no acervo já chegaram e a gente contou aqui.

O espaço terá, além disso, áreas para pesquisa histórica, ações educativas, exposições, restauro técnico, além de iniciativas para aproximar novas gerações da história das locomotivas e dos trilhos.

A obra vai envolver desde intervenções estruturais (retirada de pisos cerâmicos, azulejos e reforço estrutural) até cuidados com detalhes decorativos, como o restauro das argamassas das fachadas e pintura seguindo as cores originais levantadas por pesquisa histórica. Os tradicionais caixilhos em madeira e vidro serão recuperados, e toda a cobertura receberá manutenção adequada.

O plano também inclui a renovação completa das instalações elétricas, hidráulicas e de combate a incêndio, além de um novo paisagismo externo.