Confira tudo sobre o FESTA61 e aproveite a programação do festival

Essa matéria vai aquecer o coração dos amantes de teatro. O Festival Santista de Teatro, um dos eventos mais tradicionais do calendário Santista, já vai começar!

Sabe o que isso significa, né?

Entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro, a programação da cidade vai estar repleta de espetáculos incríveis. E, para melhorar, é tudo gratuito. Ou seja, não faltam motivos para colocar esse rolê na sua agenda e começar a contagem regressiva com a gente.

Fique por dentro de tudo sobre o FESTA61

Conhecido nacionalmente por ser o festival de artes cênicas mais antigo do país, o FESTA chega aos 61 anos com uma programação imperdível. Serão 12 espetáculos nas sessões oficiais e outras apresentações nas mostras paralelas.

Neste ano, o tema do festival se inspira na obra do santista Plínio Marcos, O Berro do Povo. Com isso, a proposta é dar espaço a montagens e outras manifestações artísticas que discutam as contradições políticas e históricas do Brasil e do mundo.

Imagem: Divulgação/Rodrigo Montaldi

Além do teatro, a programação também contemplará outras linguagens artísticas. Além disso, debates, bate-papos e intervenções completam o evento.

Abertura do FESTA61 e oficina com Rogério Tarifa

Para começar, sexta-feira (30 de agosto), às 20h30, o Teatro do Sesc Santos recebe o musical Inútil Canto E Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos. O espetáculo é dirigido por Rogério Tarifa e tem o texto original de Plínio Marcos.

O ato-espetáculo estreou em São Paulo em outubro de 2017 e é inédito por aqui. Se você tem interesse, lembre-se de chegar cedo. Pois a entrada é gratuita e os ingressos começam a ser distribuídos 2 horas antes da sessão, na bilheteria do Sesc. Cada pessoa pode retirar, no máximo, duas entradas.

Em seguida, no sábado, o diretor do espetáculo (Rogério Tarifa), dirige uma oficina com o tema Experiências Cênicas na Construção de um Ato-espetáculo. O evento também será no Sesc Santos, às 10h30.

Programação completa do FESTA61

Após a abertura, a programação continua com 12 apresentações nas sessões oficiais (regional, estadual e nacional) e outras dezenas de atrações na Mostra Paralela. Fazem parte da primeira citada:

O suicídio mais bonito do mundo
Sábado, 31 de agosto, às 19 horas
Centro Cultural Cadeia Velha

E.M.E.R.G.Ê.N.C.I.A
Sábado, 31 de agosto, às 21 horas
Teatro Guarany

Era uma vez… “o gato malhado e a andorinha sinhá”
Domingo, 1 de setembro, às 15 horas
Teatro Municipal Brás Cubas

Meu quintal é maior do que o mundo
Domingo, 1 de setembro, às 16h30
Ocupação Anchieta

Vocifera
Domingo, 1 de setembro, às 19 horas
Centro Cultural Cadeia Velha

1989
Domingo, 1 de setembro, às 21 horas
Teatro Guarany

Benjamin – o filho da felicidade
Segunda-feira, 2 de setembro, às 20 horas
Teatro Guarany

O incrível homem pelo avesso
Quinta-feira, 5 de setembro, 21 horas
Centro Cultural Cadeia Velha

Ruína de anjos
Quinta-feira, 5 de setembro, às 23 horas
Praça dos Andradas

Cartas para Satã
Sexta-feira, 6 de setembro, às 20 horas
Centro Cultural Cadeia Velha

Arrumadinho
Sexta-feira, 6 de setembro, às 21 horas
Praça dos Andradas

O circo Fubanguinho
Domingo, 7 de setembro, às 18 horas
Praça Nagasaki

Para saber detalhes sobre cada um dos espetáculos, acesse as redes do FESTA61 🙂

O que vai rolar na mostra paralela do FESTA61

Gostou do que viu até aqui? Pois então, prepare-se, ainda não acabou. A mostra paralela do FESTA61 também está incrível e imperdível. Aqui, a trajetória referencial de Plínio Marcos também será lembrada.

Exposição Onde Vamos?

Primeiramente, no sábado (31 de agosto), às 15 horas, começa a exposição Onde Vamos?. Montada na histórica Cela 2 do Centro Cultural Cadeia Velha de Santos, a mostra reúne recortes, imagens e documentos que homenageiam os 50 anos de O Abajur Lilás. Pra quem não conhece o texto, escrito em 1969: trata-se de uma obra censurada duas vezes e publicada somente em 1980.

Uma cena homônima, com direção de Müller D’Carlos, será apresentada na ocasião.

Rolê nas Quebradas

Em seguida, nos dias 2 e 3 de setembro (segunda e terça-feira), às 17h, tem Rolê nas Quebradas, com o Sesc Santos como ponto de encontro.

Em resumo, esse será um passeio pela obra e pelos personagens de Plínio Marcos. A atividade tem como guia Kiko Barros, filho do dramaturgo. Ele conduzirá os passageiros em um debate vivencial pelos locais onde surgiram as obras e personagens do autor. De acordo com a divulgação, o trajeto começa onde as cinzas do autor foram lançadas. Serão trazidas histórias do Macuco, das quebradas do Porto, das catraias, do Centro, dos cortiços, da luta e da gente.

São 25 vagas e as inscrições, por ordem de chegada 🙂

O Bicho de São Sererê

Também nos dias 2 e 3, mas no Centro Cultural Cadeia Velha, tem apresentação de O Bicho de São Sererê.

O Grupo Ofertantes de Jacareí (SP) encena, às 19 horas, a história que também é inspirada em um texto de Plínio Marcos, o romance Prisioneiro de uma canção.

Homens de Papel

Em seguida, quinta-feira (5 de setembro), às 19 horas, o Teatro Guarany recebe os alunos da Escola de Artes Cênicas (EAC) Wilson Geraldo, com Homens de Papel. O exercício cênico propõe reflexões sobre o homem e as várias formas de vivenciar a miséria humana, a partir de mais um texto original do homenageado.

Mostra fotográfica: Mulheres de Luta – Força e Pluralidade

Movimentos cotidianos e resistências marginais são o tema da exposição de Bete Nagô. A mostra ficará disponível durante o festival, no foyer do Teatro Guarany. A abertura será no dia 31, às 20h30.

Documentário: Mataram nossos filhos

Na terça-feira, 3 de setembro, às 20 horas, também no Guarany, tem exibição do documentário Mataram Nossos Filhos. O filme, dirigido e roteirizado por Susanna Lira, fala sobre os cerca de 30 mil jovens assassinados no Brasil, além de questões como a redução da maioridade penal, racismo e encarceramento juvenil.

Em seguida, acontece um debate com a diretora do filme e também o lançamento do livro Memorial dos Nossos Filhos Vivos – As Vítimas Invisíveis da Democracia, organizado por Débora Maria da Silva, líder do Movimento Mães de Maio.

Aula aberta e roda de conversa

Quarta-feira (4 de setembro), o Centro Cultural Cadeia Velha recebe a aula aberta Práticas artísticas: Teatro entre a liberdade e a política, com Judson Cabral, às 19 horas. Em seguida acontece uma Roda de Conversa sobre a readequação da proposta de Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de Santos.

O encontro é aberto para grupos, artistas e demais interessados.

De volta ao Teatro Guarany

Ainda na quarta-feira (4 de setembro), às 21 horas, o grupo Aplauso Contemporâneo apresenta Estava Cega. Em resumo, a montagem combina dança contemporânea, artes plásticas e teatro para tratar das cegueiras cotidianas.

Por lá, na sexta-feira, o Coral Projeto Guri se apresenta às 16 horas. O repertório será dedicado à história da música brasileira. Também na sexta-feira, às 18 horas, acontece o lançamento do livro Encontros, de Andrea Gerassi, que narra o processo de transição de sua família e sua filha trans, Milena.

A programação do FESTA61 ainda não acabou

Já que o nome do evento é FESTA, não dá para passar sem uma festinha, né?

Pois pode se preparar. Festas e intervenções urbanas acontecem durante toda a programação. Para começar, tem O Festa Não Pode Parar, na sexta-feira (30 de agosto), às 23 horas, no Beach Bar Lounge. Em seguida, no sábado, a partir das 14 horas, a Praça dos Andradas recebe duas intervenções simultâneas:

• Festa A Praça é Nossa
• Feira Afrotu

A primeira contará com performances de Matheus Lipari e Blsiza, Névily Alves e Vinicius Ranieri, maracatu com o Grupo Zabelê de Cultura Popular e também das DJs Sol, Nicolly Leblanc e Ruth & Raquel. Já a Feira Afrotu resgata a identidade afro-brasileira a partir de ações coletivas ligadas à arte, cultura, sustentabilidade e empreendedorismo.

Por fim, domingo (7 de setembro), às 13 horas, tem Batalha de Danças Urbanas na Praça Nagasaki, ao lado do Mercado Municipal. E, em seguida, às 16 horas, tem Roda de Conversa sobre a Mostra Regional, na Vila Criativa da Vila Nova.