Texto porLuiz Gomes Otero

Tracey Thorn, a musa cool do techno pop

Integrante do mítico duo britânico Everything But The Girl, Tracey Thorn está de volta com um trabalho solo.

São canções inéditas, que reforçam ainda mais a sua ligação com o chamado techno pop. O álbum, batizado simplesmente como Record, traz nove canções bem produzidas que confirmam seu talento na indústria do pop.

Record traz uma sonoridade que lembra naturalmente o ambiente musical criado pelo Everything But The Girl nos anos 80 e 90.

www.juicysantos.com.br - record, novo álbum de tracey thorn

Algo bem orgânico, pois ela formou uma parceria mágica com o marido Ben Watt, que acertou em cheio a onda lounge, com toques de jazz e pop, regados a camadas sonoras de sintetizadores. Isso inspirou – e ainda inspira até hoje – muitos grupos do indie pop e indie rock. 

E é com esse espírito indie que Tracey canta em Record. Mas com um diferencial: ela está mais madura. Para o intérprete, a maturidade sempre contribui para produzir coisas muito interessantes.

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Na faixa Sister, por exemplo, ela divide os vocais com Corinne Bailey Rae, que representa a nova geração do indie pop. E em Joy ela esbanja sensibilidade e talento em uma balada que convence do início ao fim.

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A faixa Queen foi produzida para ser tocada em pistas de dança. Lembra muito os bons tempos do antigo duo na década de 90.

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Record mostra uma cantora de rara beleza vocal, que apesar de ter passado por problemas pessoais e de saúde, conseguiu manter intacta sua integridade artística.

Tracey é, definitivamente, a musa cool que representa com dignidade uma referência para o indie pop e vai agradar tantos aos nostálgicos pela época de ouro da banda quanto aos novos fãs que estão conhecendo agora todo o catálogo de respeito do EBTG.