Thainá Rocha: guarujaense com 17 poemas publicados
Segundo a tradição, quem senta no fundo da sala não presta atenção na aula.
Mas uma aluna de Publicidade e Propaganda aqui de Santos decidiu mudar a imagem de quem não está totalmente ligado no que o professor está dizendo: ela não dormia; não ficava com o celular nas mãos e nem conversava sobre assuntos paralelos. Na ultima cadeira da longa sala, a garota de 18 anos escrevia poesias.
O comportamento incomum chamou a atenção de uma professora.
Podemos dizer que ela foi responsável pela descoberta de um talento que se desenvolveu em território #013. Em menos de 10 anos, Thainá Rocha – a aluna do fundo da sala – publicou 17 poemas em livros de circulação nacional.
“Oficialmente, comecei na literatura aos 12 anos. Mas brinco que tudo começou com 4 anos, quando comecei a ler e me apaixonei. Costumava pedir ao meus professores que me dessem temas para redações e na 7ª série, ganhei um concurso de redação da Prefeitura de Guarujá”, lembra.
Depois de ser prefeita por um dia, ou melhor, dois dias, a menina passou a escrever ao menos 3 vezes por semana!
A rotina surtiu efeito: em 2007, ganhou uma menção honrosa do Mapa Cultural Paulista.
17 poemas e contando…
Um ano depois, durante uma aula na faculdade, a professora estranhou o comportamento da aluna que passou o tempo inteiro escrevendo.
Ela leu os textos de Thainá e indicou que ela falasse com outra professora da casa que, na época, ajudava a organizar as antologias da Editora Andross. Naquele ano, 3 de seus textos foram publicados e a lista não parou de crescer até o momento que você lê essa matéria.
Atualmente, são:
- 3 poemas no livro Sentido Inverso (2008), de poemas de temática livre.
- 3 poemas no livro Universo Paulistano (2009), em homenagem aos 455 anos de São Paulo
- 3 poemas no livro Palavras Veladas (2009), de poemas de temática livre
- 2 poemas no livro Ecos da Alma (2010), de poemas de temática livre
- 2 poemas no livro Elas Escrevem (2010), de poemas, contos e crônicas escritos por mulheres
- 1 conto no livro Moedas para o Barqueiro (2010), de contos e crônicas sobre a morte
- 1 poema no livro Trilha de Lótus (2016), de poemas de temática livre
- 1 conto no livro Ponto de Criação (2016), de contos e crônicas de temática livre
- 1 poema no livro Nuvens (2017), de poemas de temática livre
Todos os livros saíram pela mesma editora e no mesmo sistema (bem interessante para quem gosta de escrever): a editora lança no próprio site as coletâneas que pretende publicar e os autores interessados enviam os seus textos para aprovação.
“Após a publicação do sexto livro, em 2010, eu entrei numa fase complicada, reta final da faculdade, mudança de emprego, TCC e ainda emendei um MBA em marketing digital. Isso me fez afastar um pouco das publicações. Em 2016, resolvi que era hora de voltar às letras”, explica.
Pouco mais de 1 ano depois do retorno, ela já foi indicada a um prêmio, voltou a atualizar o blog Gavetas Reviradas e pensar na possibilidade de ter um livro inteiro para chamar de seu.
O projeto ainda não tem datas, mas os textos já estão sendo feitos e separados para essa finalidade.