Conheça a literatura infantil de Inês Bari

Qual criança nunca quis uma coisinha que não sabia explicar, ou melhor, os adultos não conseguiam entender o que era?

Esse é o enredo do livro Era uma vez uma coisinha, da santista Inês Bari. A obra, lançada em Portugal, chegou ao Brasil este mês.

inêsImagem: Divulgação

Após 30 anos dedicados ao rádio, Inês – que já lançou um livro de poesias durante a faculdade – voltou a se dedicar à literatura. “Quando comecei a trabalhar acabei deixando esse lado [literal] de escanteio. Não abandonei minha criatividade, compus jingles que ficaram no ar por décadas, a sua mãe provavelmente ouviu”, diz risonha. “Ano passado, eu me aposentei, então decidi retomar o projeto, tinha muitas coisas guardadas e uma delas era esse livro, escrito há mais de 20 anos”.

Com ilustrações minimalistas (do brasileiro Roberto Terpilauskas), que deixam a criatividade da criança livre para dar vida aos detalhes, a narração conta a história de um garoto que procura algo que não sabe ao certo o que é. Durante o caminhar, o personagem junta ideias até chegar a uma conclusão.

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“Eu mandei a obra para diversas editoras brasileiras, mas o mercado aqui é muito fechado. Então decidi tentar a sorte na Europa, porque sei que a literatura infantil é muito forte por lá, as crianças leem muito. Recebi resposta de Portugal e Espanha”.

A Chiado, editora responsável pela publicação do livro, tem projetos que levam as bibliotecas para a praia, olha só que legal.

Além do livro infantil, que deve em breve ser traduzido para inglês e francês, Inês está trabalhando em uma obra sobre a história do rádio em Santos. “Quero relatar como foi a minha geração, que foi pioneira na FM aqui na região. Não há registros sobre o assunto. Muitos estudantes me procuravam, quando eu estava na rádio, e eu pensei ‘quando nós morrermos, como eles vão saber?’”.

O projeto, intitulado FM no Ar Revival Anos 80!, precisa apenas de um patrocinador “vai ser um livro grande”, explica. Outro livro infantil também deve ser escrito em breve. “É uma grande responsabilidade escrever para crianças, mas é muito gostoso”, finaliza.