O mural do mercado do Marapé
“O homem precisa de arte para viver”, disse algum dia um pensandor que não me recordo o nome (talvez um professor desconhecido dos livros de filosofia). É bem verdade. Seja a música que berra nos fones de ouvido, as tatuagens no corpo ou poesias entre um compromisso e outro, a arte esta no nosso cotidiano. É por isso que admiro as manifestações urbanas, como o grafite e painéis, que transformam a ruas em galerias a céu aberto.
Dia desses estava no ônibus e vi um desenho que me chamou a atenção. Não era um grafite, mas um mural de cerâmica na parede do mercado do Marapé.
Desci no próximo ponto e fui observa-lo mais de perto. O desenho mostra trabalhadores do passado e a riqueza de detalhes é encantadora, assim como o mercado. Entrei e perguntei para algumas pessoas se sabiam de quem seria a obra, todos pareciam desinformados sobre.
Não consegui descobrir o nome da obra, então a chamarei de “mural do mercado do Marapé”.
Segundo alguns sites o mural do mercado do Marapé foi entregue em 1954, junto com o mercado. Seu autor é Clóvis Graciano.
Paulista, de Araras, Graciano foi pintor, desenhista, ilustrador e muralista. Aprendeu as técnicas de mosaico (utilizadas no mural) na França. Aqui no Brasil existem obras dele em outros espaços como a Fundação Armando Álvares Pentenado, painéis na Avenida Moreira Guimarães, murais na Avenida Paulista e no edifício do Diário Popular.
Outro charme que descobri durante a visita foi o mercado em si.
São 17 lojas dos mais variados setores. Tem bomboniere, sapateiro, costureira, ótica…
Curiosidade: Já pensou para pensar o que significa o nome “Marapé”? A origem é tupi, uma evolução de “perapé”, em que pera significa mar e pé caminho. Uma alusão as tribos indígenas que ficavam na região que hoje é o estuário e utilizavam esse caminho para chegar ao mar aberto.
Muitas outras curiosidades estão disponíveis no livro Marapé, vale a pena conferir!