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Hospital de Praia Grande está entre os líderes em doações de órgãos em SP

Mais de 50 órgãos saíram do Irmã Dulce para transplante no ano de 2024

Tempo de leitura: 3 minutos

No mês em que celebramos o Dia Nacional da Conscientização da Doação de Órgãos (27 de setembro), o Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande, se destaca como referência no Estado de São Paulo.

Em 2024, a unidade liderou o ranking de hospitais com o maior número de doadores efetivos e transplantes realizados. 

www.juicysantos.com.br - Hospital de Praia Grande está entre os líderes em doações de órgãos no Estado de SP
Foto: Jairo Marques / Prefeitura de Praia Grande

Números que salvam vidas

Os dados impressionam. O hospital registrou 45 notificações de morte encefálica, resultando em 18 captações de órgãos. Ao todo, foram disponibilizados 57 órgãos para transplante: 33 rins, 8 fígados, 10 córneas, 1 pâncreas, 2 pulmões e 3 corações.

“Entre o diagnóstico de morte encefálica e o transplante efetivado tem um longo caminho. Esse é um dado fantástico, pois são várias entidades que trabalham junto, respeitando a fila única do Sistema Nacional de Transplantes”, explica Luiz Henrique Pereira, coordenador de enfermagem e presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do hospital.

Histórico de excelência

O trabalho de captação de órgãos em Praia Grande começou em 2007, com o primeiro órgão captado na cidade. Desde então, o Hospital Municipal Irmã Dulce construiu uma trajetória sólida e tornou-se o segundo hospital com mais notificações de morte encefálica na região Sul e Litoral de São Paulo.

A enfermeira coordenadora da OPO-EPM (Organização de Procura de Órgãos da Escola Paulista de Medicina), Edjane Apolinário Borelli, destaca:

“O Irmã Dulce é uma referência na doação de órgãos, pois tem uma equipe de CIHDOTT bem empenhada, existe uma cultura muito sólida no hospital.”

Capacitação contínua

Esta semana, profissionais de saúde da região participaram de uma capacitação sobre doação de órgãos no Hospital Irmã Dulce. O evento contou com a presença de especialistas, incluindo a enfermeira chefe da Seção de Captação e Transporte de Órgãos e Tecidos (SECAPT) da Prefeitura de Santos, Danielle Caliani.

“Não adianta sensibilizar na comunidade para as pessoas doarem se dentro do hospital não temos equipe sensível e capacitada”, enfatizou Caliani. “É importante não só o Setembro Verde, mas trazer essa discussão ao longo do ano.”

O desafio da conscientização

No Brasil, mais de 70 mil pessoas aguardam por um órgão. A legislação brasileira exige o consentimento da família para efetivar a doação, tornando fundamental o diálogo familiar sobre o tema.

“É um tema muito sensível, porque é o momento mais difícil da vida da família, então é desafiador”, reconhece Isaías Lima, secretário de Saúde Pública de Praia Grande. “Mas cada um de nós tem o dever social de levar as informações para que a sociedade tenha a informação correta e incentive outros a doar seus órgãos.”

O trabalho é conduzido pela CIHDOTT, composta por enfermeiros, médicos, psicólogo, assistente social e fisioterapeuta, todos especializados para atuar em todo o processo de doação.

A data de 27 de setembro busca informar a população sobre a importância da doação de órgãos e incentivar o diálogo em família, conversa decisiva para que a doação aconteça após a morte. No Brasil, a autorização dos parentes é determinante para que a doação aconteça após a morte.

Fonte: Prefeitura de Praia Grande