Conheça as melhores cervejas do Brasil

Para a maioria da população brasileira, o ano começa depois do Carnaval. Já para a comunidade cervejeira, o ano começa de verdade depois do Festival Brasileiro da Cerveja.

Em sua nona edição, o festival aconteceu na recém-nomeada capital nacional da cerveja, Blumenau (mais precisamente na Vila Germânica, mesmo local onde ocorre a Oktoberfest), entre os dias 8 e 11 de março.

Durante esse período, foram apresentados ao público mais de 800 rótulos de cervejarias de todo o Brasil, incluindo muitos lançamentos, edições limitadas e muitas das vangloriadas medalhistas, cervejas premiadas no Concurso Brasileiro de Cervejas. Esse ano, os grandes prêmios ficaram com a Colorado (melhor cerveja) e Tupiniquim (melhor cervejaria).

E nós, claro, estivemos lá para trazer a vocês o que de mais importante aconteceu.

O evento

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O evento acontece na Vila Germânica com dois pavilhões abertos. Há praça de alimentação e banda ao vivo em todos os dias, além do mais importante: stands das cervejarias, sendo em sua maneira da região sul do país.

Ao comprar ingresso, o participante ganha um copo de acrílico com marcações de 100, 200 e 300ml, agradando quem vai para beber e para quem vai estudar e conhecer o mercado.

Para completar a experiência, esse ano, eu (Regina) tive a oportunidade de trabalhar no sábado, último dia de evento, no stand da Revolução Cervejeira, distribuidora que engloba as marcas Dum, Fucking Beer, Gauden, Pagan e Tormenta.

Pra alguns, é simplesmente “passar a noite tirando chopp ao invés de se divertir”. Pra mim, foi uma oportunidade incrível de estudar o mercado, expandir horizontes (os meus próprios e os cervejeiros) e poder colaborar, mesmo que em parcela minúscula, com a evolução, o conhecimento, reconhecimento e crescimento de marcas tão importantes.

O concurso

Com o objetivo de elevar e promover a qualidade da cerveja brasileira, a premiação do concurso é realizado na véspera do Festival Brasileiro da Cerveja, fazendo com que o público chegue ansioso para conhecer e degustar as sempre disputadas cervejas medalhistas.

Esse ano, mais de 131 cervejarias enviaram suas cervejas para o concurso, sendo mais de 135 estilos diferentes e mais de 1469 de amostras para análise de jurados de 20 países. Por todos esses números e pela sua importância para o mercado nacional, o Concurso Brasileiro de Cervejas é considerado o maior do país.

Os resultados

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Ao todo, foram distribuídas 256 medalhas, divididas nas categorias ouro, prata e bronze. Santos, pela primeira vez, conseguiu medalha. E, de cara, foram duas.

EverBlack, da Cervejaria EverBrew, recebeu bronze na categoria American Style Black Ale. Trata-se de uma India Black Ale (ou Black IPA) que mescla características de IPA (India Pale Ale), como amargor e sabores cítricos, com as notas torradas provenientes dos maltes​ escuros, lembrando café no aroma e no sabor.

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A outra cerveja foi a Mucha Breja 1 ano, que tem como receita base a cerveja Avós e Seu Lado Zen e produzida para o aniversário de um ano do pub. Ela é uma hop lager com notas cítricas e amargor moderado.

As Melhores Cervejas Brasileiras de 2017

Além das medalhas definidas dentro de cada estilo, há uma premiação melhor: a categoria The Best of Show elege as melhores cervejas de todo o concurso.

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Esse ano, a melhor cerveja do Brasil foi a Colorado Guanabara Wood Aged, ouro na categoria Brazilian Beer com madeira (receita da Colorado Ithaca envelhecida em barris de amburana, uma Russian Imperial Stout com 10,5% de graduação alcoólica).

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O segundo lugar foi para a Morada Gasoline Sour, ouro na categoria Belgian Style Flanders Oud Bruin or Oud Red Ale. É uma cerveja com elevada acidez e presença de frutas vermelhas, lembrando vinagre balsâmico. Vale lembrar que ela demorou cerca de dois anos para ficar pronta.

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Completando o bronze, uma grande surpresa: a cerveja Patillazo, uma American Wheat com melancia. O estilo é a leitura da escola americana para as cervejas de trigo. Ela faturou ouro na categoria Fruit Wheat Beer.

Esta matéria foi escrita de maneira colaborativa por Renato Melo e Regina Santucci.