Aventuras de uma professora de inglês onde não se fala inglês
Inglês é uma língua universal, certo? Mais ou menos.
A professora de inglês Luciane Santos Alipio, de Santos, se lançou em uma verdadeira aventura linguística ao fazer um roteiro de viagem em três países onde o inglês não é língua oficial: Polônia, República Tcheca e Alemanha.
Munique, Alemanha
Ela conta um pouco pra gente sobre sua experiência, dando dicas de turismo na Polônia, República Tcheca e Alemanha para quem quer visitar estes lugares. Apesar dos apuros para se comunicar, ela enfatiza:
“O inglês faz sim diferença em qualquer lugar do mundo”, afirma a professora e co-fundadora da Raise Mentoria Educacional.
Polônia
O polonês é considerado uma das línguas mais difíceis no mundo, contudo, você encontra pessoas que falam inglês (português jamais!), principalmente os mais jovens, porque eles têm aula nas escolas.
É um país subdesenvolvido com uma economia bem parecida com o Brasil. Apesar de pertencer à União Europeia, não utiliza o Euro. A moeda do país é o Zloty, que é desvalorizada em relação ao Real (1 Zloty corresponde a setenta centavos de Real), uma boa notícia na hora das compras. Com 30 Zlotys, por exemplo, dá para almoçar em um bom restaurante (2 pessoas).
O prato principal é o pierogi (dumplings, em inglês), que são como um ravioli ou capeletti italiano (é servido assado, frito ou cozido, e pode ter vários recheios, sendo que os mais comuns são batata e cogumelos). Outro prato tradicional é o barszcz (sopa de beterraba). Aliás, os poloneses adoram sopas – tomam sempre antes das refeições -, mesmo no verão.
Os doces são uma maravilha, com seus bolos confeitados e o famoso piernica (gingerbread, em inglês), um pão doce de gengibre muito comum no final do ano.
Varsóvia, a capital, foi completamente destruída após a Segunda Guerra Mundial, por isso, tudo que se vê foi reconstruído. Além de museus e parques, os guetos judeus, onde eles se escondiam dos alemães, são uma ótima dica para quem quer entender um pouco sobre este país cheio de história. Em Cracóvia, está o antigo campo de concentração Auschwitz, outro ponto obrigatório.
República Tcheca
O checo se assemelha ao polonês, ou seja, uma língua dificílima para nós, e não é muito fácil achar pessoas que falam inglês nas ruas, com exceção dos pontos turísticos e estabelecimentos comerciais.
A capital, Praga, é lindíssima, cheia de cor, parques, museus e monumentos, e é bem equipada para receber turistas.
Lá também não se usa o Euro, mas a Corona (1 corona é igual a R$ 0,15).
A culinária é à base de carnes (frango, porco, pato e ovelha), com fartos acompanhamentos, os quais não acompanham os pratos (devem ser pedidos à parte).
Um dos pratos mais conhecidos é o Gulash (de origem húngara). Trata-se de uma carne, com caldo de rês, cebola, pimenta, pimentões e batatas. Um acompanhamento típico checo é o knedlíky, à base de levedura para o pão ou de batatas, feitos de farinha, ovos e levedura. A República Checa também é conhecida como a terra da cerveja Pielsen e do absinto.
Alemanha
Na Alemanha, fica mais fácil conseguir se comunicar em inglês. Ainda assim, para não parecer rude, pergunte antes: “Do you speak english?”.
Munique, Alemanha
Berlim é inesquecível, tudo respira história e ao mesmo tempo modernidade. Há muitas atrações turísticas, o transporte público é excelente e a comida muito boa, ou seja, impossível ficar entediado, por isso, reserve pelo menos três dias para a capital.
O Museu do Holocausto é passagem obrigatória. No final do ano, a cidade se transforma na terra do papai noel, com mais de 100 mercados com produtos natalinos e decorações incríveis pelas ruas. A moeda na Alemanha é o Euro.
Munique também vale muito a pena, por ser o local onde acontece a verdadeira Oktoberfest, mas a cidade abriga eventos durante todo o ano.
Um dos locais mais visitados no país é o Castelo de Neuschwanstein, que inspirou Walt Disney a construir o castelo da Cinderela e fica perto da cidade de Fussen.