10 motivos para visitar o Museu de Pesca
Visitei o Museu de Pesca pela primeira vez com a escola, há uns bons anos.
Voltei para casa apaixonada e fiz meus pais me levaram lá novamente algumas vezes, em passeios que começavam no aquário, passavam pelo museu e eram finalizados com sorvete. É uma boa memória da infância.
Depois eu cresci e nunca mais voltei ao local.
Eis que há algumas semanas, em uma reunião de pauta do Juicy Santos com a ilustre presença da Filipa (filha da Flávia, nossa editora), me peguei a ouvindo falar sobre a coleção de My Little Pony e seus passeios preferidos em Santos.
– Eu gosto muito de ir ao Museu de Pesca!
Fiquei impressionada ao saber que as crianças ainda gostam desse endereço. Decidi revisita-lo em um dia de tédio e descobri que eu ainda gosto muito e que isso é bem comum, não faltam motivos para visitar o Museu de Pesca.
Se você ainda não fez esse rolê, sozinho ou com as crianças, a gente te algumas razões para mudar isso na próxima oportunidade:
Arquitetura do prédio
O prédio do Museu de Pesca tem data de 1909.
O terreno, que era da área do Forte Augusto (equipamento que cruzava fogo com a Fortaleza da Barra), foi uma Escola de Aprendizes de Marinheiro. Por isso, toda a arquitetura tem estilo eclético.
Durante a sua visita, repare nas janelas em arco pleno no térreo e arco abatido no andar superior. Além ds sacada e portas duplas centrais, no bloco central.
A história do edifício continua em 1931, quando o local se tornou uma Escola de Pesca. Em 1942 ganhou título de museu, quando foi incorporado ao acervo o esqueleto da baleia, encalhada morta em Peruíbe.
Simulação de partes de uma embarcação
Para as crianças o lance da arquitetura não é um assunto.
Mas, esse é um ponto alto do passeio. Sério, eu lembro até hoje dos túneis que tinha que passar achagadinha e de todas as coisas diferentes que a simulação tem. Mais velha, ainda achei bem legal. A dica aqui é: roupas confortáveis e alongamento!
Coleção de conchas e areias de todos os lugares do Brasil
Quando você viaja para outra cidade litorânea repara na textura da areia?
Normalmente esse é um dos milhares de “porquês” da criançada e muitos pais ficam meio em dúvida sobre como responder a questão: por que a areia dessa praia é tão diferente? Esse é um cantinho do museu que vai te mostrar a diferença da areia de praias de todo o Brasil – são vários potinhos exibindo a cor, a textura e outros detalhes. Além de conchinhas também de diferentes regiões.
Para acabar com a dúvida, tem explicação cientifica a respeito dessas diferenças.
Artefatos indígenas de pesca
A história do Brasil começa com os índios, que nós podemos dizer que são os primeiros pescadores do país.
Um ambiente te convida a entender como a pesca era feita sem a tecnologia de varas, redes e outros instrumentos. É uma ótima forma de conhecer, também, a história da Baixada Santista. Já que os indígenas daqui foram os primeiros a receber as embarcações portuguesas e todos os apetrechos trazidos por eles.
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Macaés de Santos
Os animais embalsamados são outro ponto de destaque da visita.
Várias especieis de animais marinhos estão espalhadas pelo museu, entre elas Macaé e Macaezinho. Para quem não lembra, os dois lobos-marinhos eram as atrações preferidas da garotada no Aquário de Santos. Ambos foram taxidermizados no próprio museu, que tem um setor especializado.
Em 2011, quando Macaezinho faleceu e foi doado ao Museu de Pesca muitas pessoas ficam emocionadas ao saber que os bichinhos voltariam a ficar juntos. Por isso, a atração costuma emocionar os mais velhos, que lembram das visitas ao aquário na infância.
Esqueleto da baleia Fin
A ossada tem 23 metros de comprimento, 193 ossos e 7 toneladas. E tudo isso fica à disposição da galera, que pode observar a grandeza do baleia-fin (Balaenoptera physalus), fazer fotos e entender a espécie melhor.
Uma das perguntas mais comuns sobre a baleia é: como ela veio parar no museu de pesca?
Bom, em 1941 a baleia foi encontrada encalhada em Peruíbe. Uma curiosidade é que neste período estava acontecendo a segunda guerra mundial e, por isso, muitas pessoas pensaram que fosse um submarino alemão ou algo do tipo.
O corpo foi tirado do mar com ajuda da maré e de cordas AMARRADAS EM CHIFRES DE BOIS!!!
Em 1942 a ossada foi doada ao museu.
Área lúdica para crianças
O espaço é lúdico, as crianças vão amar e você também vai.
O cenário representa os quatro ecossistemas marinhos do litoral paulista manguezal, praia arenosa, costão rochoso e fundo do mar. Uma experiência bem enriquecedora para as aulas de ciências e biologia.
Sala dos tubarões
Como o nome sugere, esse é um espaço temático só sobre tubarões.
A lista de tubarões expostos tem: tubarão-megaboca (Megachasma pelagius), com 1m90; um tubarão-golfinho (Lamna nasus) de 1m80; tubarão-galhudo (Carcharhinus plumbeus) de 1m70 e um tubarão-bico-de-cristal (Galeorhinus galeus), com 70 centímetros, procedente da Ilha dos Açores.
Numa primeira olhada da vontade de mergulhar com tubarões. Se alguém da sua turma comentar algo desse tipo, mostre os dentes dessas fofurinhas que passa.
Maquetes
Não menos importante, o museu de pesca tem diversas maquetes de navios para quem quer entender melhor a história das embarcações. É possível conferir em detalhes os avanços tecnológicos que cada novo navio trouxe para alto mair. Além, é claro, de replicas de equipamentos utilizados para a pesca em diferentes momentos históricos.
Vai lá
Ficou com vontade de conhecer o Museu de Pesca? Então vai lá.
A visitação custa só R$ 5. Mas fica esperto, o equipamento funciona apenas de quinta-feira a domingo, sempre das 10 às 18 horas. O endereço é Av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Ponta da Praia. Maiores informações podem ser obtidas através dos telefones (13) 3261-5260 ou 3261-5995.