Lojas que deixaram saudades em Santos
Quem gosta de umas comprinhas vai lembrar bem de alguns nomes que listamos aqui. Além disso, deixamos claro que esse é um post colaborativo!
Vamos relembrar quais as lojas deixaram saudades aqui em Santos, começando daquela época em que você esperava ansiosamente dar 5 da tarde pra assistir Barrados no Baile na Globo?
Importante: todas as lojas que listamos são marcas que se originaram na cidade, não estamos incluindo redes, franquias e etc. ALERTA: se você é alérgico a naftalina, pare de ler agora!
ROUPAS
Superfox
A Superfox era uma loja super descolada que ficava na Galeria Ipiranga no Gonzaga, quase em frente a Alexi. Uma das pioneiras a trazer marcas alternativas para a região, e principalmente a trabalhar com jovens estilistas nacionais e locais. Lá vendia Cavalera, Slam, Drop Dead, Drop Sista, Estela Alcântara, Madamismo, Exit… foi a primeira marca a vender Doc Dog aqui na cidade. Além disso a Superfox vendia e dava aquela super força para jovens estilistas locais como Del Santana, Hariela Zacharias, Guto Neves, Macabéa, entre outros. (Nota da Flávia: quando recebi o pagamento do meu primeiro trabalho como jornalista, em 2000, comprei uma bolsa da Hariela Zacharias na loja. Virou meu xodó e usei ela por uns 6 anos)
Santa Heresia
Pioneira do movimento clubber em Santos (se é que existiu um movimento clubber por aqui) ficava no Miramar Shopping num espaço grande e ousado. Uma das primeiras lojas as colocar música eletrônica em alto e bom tom. Trabalhava com João Pimenta, Ronaldo Fraga, A Mulher do Padre e vendia coturnos e botas bastante chocantes para o conservadorismo santista. Era uma proposta bastante inédita em Santos – uma tentativa de ter algo por aqui com aroma de Galeria Ouro Fino.
Surf More
Quem não lembra das roupas de moletom e supplex que eram vendidas na Surf More? As blusinhas curtas com a barriga de fora e os shortinhos colados fariam inveja a qualquer hipster que figura nos atuais blogs de street style. O auge era comprar o conjuntinho com a faixinha ou elástico de cabelo combinando com o resto da roupa. A loja era pequena, ficava no Miramar e bombava muito! Apesar de eu ser mega criança na época, lembro bem da arquitetura do lugar: a loja era mega escura, esmaltada e tinha uns detalhes em neon. O curioso é que a Surf More e a Pakalolo disputavam uma fatia de mercado muito equivalente, com uma diferença: a Surf More era uma confecção nascida em Santos, enquanto a Pakalolo era uma rede já bem estabelecida e com inúmeros licensiamentos.
Malacacheta
Uma multimarcas que fez MUITO sucesso na cidade vendendo Fórum, Triton, Ellus, EXSS e marcas do mesmo gênero. Só o Balneário abrigava duas Malacachetas (uma em cada piso), além de outra loja no Miramar. Para a época não era uma loja nada barata: seu forte era o jeans (quem não desejava uma calça da Fórum na década de 80?), mas bombava de vender camisetas e modinha. Era onde a “jovem elite” fazia suas comprinhas aos sábados.
A Loja Ponto Com
Talvez a mais “novinha” de todas, ficava no Shopping Praiamar e trabalhava com Cavalera, AMP, Caio Gobbi, Hariela Zacharias entre outros, sempre com peças alternativas e marcas ao estilo Galeria Ouro Fino. Nessa época bombavam as camisetas com mesagens dúbias e engraçadinhas da Cavalera, as calças gigantes do Caio Gobbi e modelitos com cortes exóticos de jovens estilistas.
CRIANÇAS
Mr. Kids
A Mr. Kids ficava no Balneário, depois expandiu para o Praiamar, ficando um tempo apenas com aquela única loja. Era o paraíso dos brinquedos importados para meninos e meninas. Aqueles bichos de pelúcia incríveis cheios de detalhes, Polly Pockets, miniaturas de carrinhos e novidades importadas que chegavam na Mr. Kids numa época pré-domínio chinês e pré-internet.
Gatinho
A Gatinho ficava na Praça da Independência era a loja das quiança engomadinhas de Santos. Vestidos pomposos que pinicavam saiam diretamente dos estoques da Gatinho para pinicar a criançada em eventos sociais. Nessa época eu era MUITO criança para impor meu livre arbítrio fashion. A única coisa que eu lembro é que tudo pinicava nos eventos, sociais. E muito. A Gatinho tinha sua versão adulta, que se chamava Gato.
Ficou nostálgico? Então não deixe de conferir o post sobre lendas da noite santista.
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