11 fatos sobre a história do Hospital dos Estivadores
Depois de anos de uma novela mexicana passada em Santos, o Hospital dos Estivadores finalmente vai voltar à ativa.
A reabertura do equipamento acontece nessa quinta-feira (22 de dezembro), às 10 horas, com a provável presença do Ministro da Saúde, Ricardo Barros.
E essa é mais uma entre tantas idas e vindas em sua história. Sua linha do tempo se revela tão confusa que muita gente se pergunta: qual a história do Hospital dos Estivadores?
As atividades terão início com a maternidade nessa fase inicial.
Em pleno funcionamento, o hospital promete capacidade para 223 leitos, no total.
Se em algum momento você teve essa dúvida, o Juicy Santos te ajuda a entender com esses 11 fatos esclarecedores:
Imagem: Reprodução/Eu Estou com Você
1- A inauguração aconteceu em 1970 e sua história foi marcada por greves e problemas com recursos.
2- A primeira crise aconteceu em 1981, por conta de uma greve dos médicos.
3- Com ajuda de recursos federais, as dívidas foram pagas aos colaboradores e fornecedores. Mas voltaram a se acumular entre 1982 e 1986.
4- Nesta época, os estivadores desvincularam o hospital da administração do sindicato da categoria, dando-lhe total autonomia.
5- Isso não resolveu o problema: em abril de 1987, os 500 funcionários do hospital entraram em greve, reclamando o pagamento de salários atrasados. No ano seguinte, o Hospital dos Estivadores passou a ser dirigido por uma junta governativa e, em julho de 1989, suspendeu os atendimentos do Inamps.
6- Em 1997, o sindicato reassumiu o controle do hospital, que já havia sido fechado duas vezes neste período (por conta do incêndio no almoxarifado e uma greve).
7- Em 1998, o Instituto Internacional da Juventude para o Desenvolvimento (Inijud) assumiu o hospital, num contrato de 30 anos e, em troca, a unidade de saúde seria reaberta e atenderia estivadores e dependentes.
8- Em 2001, o Instituto de Seguridade Social (INSS) recorreu à Justiça pela posse do prédio.
9- Em 2003, uma dívida trabalhista quase resultou na retirada dos dois elevadores da instituição. No ano seguinte, o convênio entre o hospital e o SUS foi suspenso por conta de problemas estruturais detectados pela Vigilância Sanitária.
10- Em 2010, o equipamento parou de funcionar e, no ano seguinte, a Prefeitura de Santos decidiu comprar o hospital.
11- O prédio foi adquirido com recursos municipais pelo valor de R$ 13 milhões, para ser pago em 10 anos. Agora, mesmo sob protestos, terá gestão de uma OS (organização social) paulistana, o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz.