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Histórias marcantes – dia mundial de combate ao câncer

Hoje, dia 08 de abril é o dia mundial de combate ao câncer. A cada ano que passa é mais comum ter um amigo, familiar, conhecido que tenha passado pelo duro diagnóstico de uma doença tão temida. Isso quando não acontece com a gente mesmo, né? (cof cof). O universo do câncer é algo que parece distante de muita gente que nunca teve ninguém próximo com a doença – parece que só acontece com celebridades ou com o vizinho.

O câncer de mama é um dos que mais me impressiona. A quantidade de mulheres jovens e diagnosticadas com menos de 40 anos não para de crescer. Além de amigas diretas, conheci muitas amigas das amigas que receberam a temida notícia.

Infelizmente eu fiz parte do universo do câncer. Perto de muita gente que teve a doença e eu conheci, minhas sequelas foram pequenas e meu prognóstico favorável. Mas câncer é câncer, não adianta fingir que você teve uma gripe.

De toda essa experiência tirei que o diagnóstico precoce é o que salva, que nem todo mundo que teve câncer fica careca e que acontece mais do que a gente imagina e com quem a gente menos espera.

Sugestões para você

 

Em maio de 2012 nós contamos a história da Rúbia, uma noiva que foi diagnosticada seis meses antes de casar. E você acha que ela cancelou o casamento por falta de cabelos? Nada disso. Não deixe de ler a história (clique aqui). Hoje a Rúbia está super bem, casada e cabeluda!

Muitas histórias tem final feliz – e graças ao diagnóstico precoce (ele, de novo) e aos avanços da medicina os finais felizes são praticamente 60%. Seria bem mais se nosso sistema de saúde não embaçasse tanto (pois câncer é uma doença que não espera) e se houvesse menos diagnósticos tardios.

Quando o médico te diagnostica (além do Dr. Google, claro – que sempre dá o primeiro diagnóstico) a primeira coisa que você faz é consultar (novamente) o Dr. Google para procurar um caso como o seu. Afinal, não é possível que isso esteja acontecendo. E nessa busca se descobrem milhares de blogs e projetos que contam a trajetória do diagnóstico, cirurgias, curas, vitórias.

Um blog lindíssimo que ficou muito conhecido foi o da Carol Varela e da sua Ana Luiza – o blog vidAnormal. Infelizmente Ana Luiza acabou falecendo em 2011, mas sua mãe transformou a dor em um projeto incrível: o Instituto Alguem – um projeto lindo que traz crianças de regiões menos centrais do Brasil para realizarem tratamento em centros de referência em São Paulo, ampliando assim as chances de cura.

Outro blog que conheci foi o da americana Kaylin, que relata toda sua batalha no Cancer is not funny – Cancer is hilarious. A moça é lindíssima, talentosa (ela é designer) e dona de um sarcasmo sem igual. Ela já passou pelo diagnóstico três vezes e apesar de todo o sofrimento não perde o sarcasmo e a oportunidade de dividir coisas inteligentes. Ela foi outra que transformou o câncer em um projeto: sua jornada virou um comic book. Para conhecer a história clique aqui – em inglês.

Os blogs aliás são uma ferramenta de apoio e um grande consolidação de uma rede de pessoas em tratamento ou curadas. Conheci, através desses blogs pessoas e histórias incríveis e que sempre te dão um tapa na cara com sua força. Entre as pessoas incríveis desses blogs cito a Renatinha Cambuy, a Marina Maior, a Ana Michelle, Natali Araújo, Heloísa Orsolini

UPDATE: Esqueci de citar o Descabeladas, da Lúcia Freitas. Tomei uma bronca merecida da Joaninha que passou pela “pereba maligna” com uma força surpreendente. Babo nas fotos do blog dela, porque falar dos textos é ser clichê. Confira o Descabeladas.

Recentemente o projeto The Battle We Didn´t Choose ganhou uma grande exposição de mídia, quando o fotógrafo Angelo Merendino publicou imagens de toda a batalha de sua mulher de apenas 40 anos contra um câncer de mama.

Vale citar também a Gilze Araújo, santista que também passou pela nefasta experiência da doença e fundou o instituto Neomama. Recentemente fizemos uma entrevista com a Gilze no dia da mulher, não deixe de ler.

E para reforçar a mensagem do dia mundial de combate ao câncer

  • Diagnóstico precoce significa ficar ligado em qualquer mudança no corpo (sangramentos, nódulos, feridas persistentes, etc);
  • Segunda opinião sempre – se for se tratar em cidades da Baixada Santista peça mais de uma opinião. Se conseguir pedir uma terceira opinião em São Paulo também é válido;
  • Não enrole ou espere – o câncer é maluco e se ele não tem tempo de evoluir/espalhar as chances de cura beiram os 90%. Não rola perder tempo.
  • Câncer não tem regra, é quase a Mega Sena ao contrário – mesmo quem tem hábitos saudáveis, não fuma, não bebe e não xinga o amiguinho pode ter a doença. Ninguém está livre, nem mesmo bebês ou criancinhas inocentes;
  • Envolva-se quando sentir vontade: há instituições na nossa região como o NOS, o Neomama e também fora da nossa região como o GRAAC e o Instituto Alguem que fazem um trabalho sério. Essas intuições possuem vários formatos para receber ajuda: voluntariado, nota fiscal paulista, dinheiro.

Ludmilla Rossi
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