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Portuguesa Santista, a segundona em muitos corações

Camisas do Santos, São Paulo, Corinthians e outros times do estado e de fora dele unidas numa mesma torcida. Aqui a rivalidade não existe (pelo menos por algumas horas).

Naquela arquibancada, é o amor por outro time que prevalece.

“Todo mundo tem um segundo time, uma segunda paixão, que não é tão forte, mas faz o coração disparar e dá frio na barriga. A Briosa é o segundo time dos caiçaras”, comenta Douglas da Costa, ainda na fila da bilheteria.

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A Associação Atlética Portuguesa Santista surgiu em novembro de 1917 e, desde então, conquista não apenas os santistas, mas pessoas de fora que visitam a cidade ou conhecem sua história.

Atualmente, a equipe disputa a segunda divisão do Campeonato Paulista. No entanto, isso não diminui a empolgação da torcida.

Camisas e cartazes dizem “Meu coração não tem divisão”, olhos brilham e vozes são utilizadas como combustível, “vai pra frente, pra frente! Chuta” gritam, em coro, os amantes do segundo time mais amado da região.

Em família

Se, para muitos, a Lusinha é o segundo time, tem quem veja o time como primeira e única opção. Mais do que isso: um elo entre gerações, o fator x para que pai e filha adolescente se tornem melhores amigos.

“Desde pequeno, eu frequento a cidade, sempre fui de São Paulo e vinha para curtir as praias nos fins de semana e férias. Mas trocava o mar pelos jogos”, lembra Luiz Fernando. “Depois que cresci e tive filhos, diminui a frequência, mas ainda acompanhava. Um dia, a minha filha pediu para vir junto, ela deveria ter uns 15 anos quando passou a assistir aos jogos comigo”, continua.

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Sentados juntos na arquibancada, pai e filha têm os olhos vidrados no jogo. “Eles precisam substituir logo!” reclama Camila Zandarim, sua filha, que em poucos minutos, mostra conhecer toda a escalação do time, assim como os pontos fortes e fracos da equipe.

“Nós passamos uns três anos assistindo alguns jogos, até que decidimos ir a todos. Hoje em dia, não importa se é na Baixada, capital ou interior, nós estamos lá. É ótimo, viajamos de carro e assim sou presente na vida dela, uma figura de amigo. Se não vamos ao jogo, falta alguma coisa pra gente. A Briosa é uma segunda família”.

Assistir aos jogos é, para muitos, um programa perfeito para ser feito em grupo. É grande o número de idosos, crianças e adolescentes que cantam para estimular a equipe.

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“Eu sempre fui muito ligada com o meu pai, desde sempre, mesmo quando eu era pequena, sempre foi muito mais ele que a minha mãe. Nós já éramos muito próximos, mas isso fez com que nos aproximássemos ainda mais. É importante pra mim” declara Camila, abraçada ao pai, os dois com o uniforme do time do <3.

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Jornalista,