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Vulcano: a lenda do death metal que nasceu em Santos

Conheça a história dos pioneiros do metal extremo brasileiro que conquistaram o mundo

Tempo de leitura: 2 minutos

Quando você pensa em Santos, provavelmente imagina praias, café e Pelé, certo? Mas a cidade também gerou algo muito mais pesado: o Vulcano, banda de death metal, explodiu na cena underground mundial.

Formada em 1981, esse grupo santista provou que dá para fazer barulho de qualidade na Baixada Santista – e não estamos falando dos fogos de Réveillon.

Foto: Leandro Cherutti

Os primórdios do metal santista

Aliás, o Vulcano surgiu em uma época em que o metal extremo ainda engatinhava no Brasil. Zhema Rodero (vocal e guitarra), Luiz Carlos Louzado (guitarra) e Yvelze Soares (bateria) se juntaram com uma missão clara: fazer o som mais pesado e agressivo possível. E conseguiram. Além disso, eles chegaram antes mesmo de muitas bandas europeias que viriam a definir o gênero anos depois.

O primeiro álbum, “Om Pushne Namah”, lançado em 1987, virou referência instantânea. Portanto, não é exagero dizer que Santos exportou não apenas jogadores de futebol, mas também riffs devastadores.

Reconhecimento internacional e legado

Posteriormente, o Vulcano ganhou respeito no circuito internacional. Bandas como Sepultura e Sarcófago dividem com esses santistas o título de pioneiros do death metal brasileiro. Contudo, o Vulcano manteve uma sonoridade mais crua e primitiva, conquistando fãs de carteirinha do metal old school.

Entretanto, a trajetória não foi só de glórias. A banda passou por diversas formações e até pausas. Mesmo assim, o grupo sempre retornou, mostrando que vulcões nunca esfriam completamente.

Vulcano hoje

Atualmente, o conjunto continua ativo e é celebrado em festivais pelo mundo. Com mais de 40 anos de estrada, esses veteranos provam que idade é apenas um número — especialmente quando você toca death metal.

Consequentemente, o legado do Vulcano inspira novas gerações de músicos santistas. A banda mostrou que, mesmo numa cidade conhecida pelo sol e mar, há espaço para a escuridão sonora e a brutalidade musical.

Em 2016, veio o documentário Os Portais do Inferno Se Abrem: a história do Vulcano. Com direção de Wladimyr Cruz e Rodiney Assunção, o longa está disponível na íntegra no YouTube. 

A banda Vulcano é patrimônio cultural santista tanto quanto o bonde ou o Museu do Café. Só que muito mais alto.

Vitor Fagundes
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