Violência doméstica na pandemia: o que fazer se você está em casa com seu agressor
Desde que a pandemia do coronavírus começou, ficar em casa é sinônimo de segurança.
Mas a verdade é que essa segurança não funciona para todos.
Muitas mulheres, por exemplo, precisam ficar isoladas com seus agressores. Sem escapatória.
O que fez escalar o número de casos de violência doméstica na pandemia.
Em Santos, estão rolando plantões para atender a essa demanda.
Além disso, as mulheres também podem registrar o boletim de ocorrência online. Para encorajá-las a procurar ajuda, uma campanha bem legal saiu na última semana.
Diga não à violência doméstica na pandemia
No vídeo, disponível em todas as redes sociais da Prefeitura de Santos, 19 mulheres, de diferentes áreas de atuação na cidade, transmitem mensagens de encorajamento e apoio às vítimas de violência doméstica ou testemunhas de agressão.
O vídeo tem 3 minutos e já totaliza mais de 20 mil visualizações (só no Instagram e no Facebook).
“O objetivo é divulgar os nossos atendimentos, como os Centros de Referência da Assistência Social (Creas) e a Delegacia da Mulher, para que essas mulheres procurem ajuda. Tivemos queda das denúncias e da procura por nossos serviços, então, nos preocupamos se realmente as ocorrências diminuíram ou se diminuíram as denúncias”, afirmou Diná Ferreira Oliveira, titular da Coordenadoria de Políticas para Mulher, da Seds.
Onde procurar ajuda
Se você precisa de ajuda ou conhece alguém em busca desse auxílio, saiba que existe mais de uma maneira de pedir socorro.
Por onde começar? E o que fazer quando você está sendo vítima de violência doméstica durante o isolamento? Essas são as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
- Procure ajuda na sua família, com amigos ou vizinhos, além de buscar apoio nos serviços listados abaixo;
- Tenha um plano para você (e crianças, se tiver) caso a situação de violência se agrave ao longo da quarentena;
- Identifique um vizinho, amigo ou parente que possa te receber em segurança caso precise sair de casa imediatamente;
- Pense em como vai sair de casa com segurança e como vai chegar até esse local;
- Tenha em mãos itens essenciais, como documentos, telefone, carregador, dinheiro, remédios e roupas. Leve também uma lista de telefones em caso de emergência;
- Se possível, tenha um “código” com um vizinho de confiança para que essa pessoa possa te ajudar em situação de violência.
Mulheres vítimas de violência doméstica em Santos podem:
- Entrar em contato com o Creas, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15 horas, nos telefones (13) 3223-4079 e 3216-1213;
- Ir pessoalmente à Delegacia da Mulher (Rua Assis Correia, 50, Gonzaga) ou ligar para (13) 3235-4808 e 3223-9670. Em ambos os casos o atendimento é 24 horas;
- Entrar em contato com o 7º Distrito Policial, pelo telefone 3289-4909 ou pelo plantão 3284-3089;
- Ligar na Central de Atendimento à Mulher, no 180;
Já quem ouvir sons de briga pode acionar o 190 (Polícia Militar). O mesmo vale para quem precisar de ajuda em situação de violência doméstica.