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Tudo que você precisa saber sobre o projeto piloto da Ponta da Praia

Se você esteve na região da Ponta da Praia nos últimos dias, provavelmente se deparou com uma obra na orla.

O projeto piloto da Ponta da Praia está com gás total.

Apesar dos avanços quase diários, muita gente que para e observa a movimentação nessa região da cidade ou lê as manchetes a respeito não sabe explicar o que está exatamente acontecendo por ali. Prova disso é que muitos leitores do Juicy Santos nos procuraram com o mesmo pedido.

Vocês podem me explicar o projeto piloto da Ponta da Praia?

E mais importante: para que ele serve e como ele vai mudar a minha vida?

Sugestões para você

projeto piloto da Ponta da Praia2Imagem: Divulgação/Prefeitura de Santos

Nós compilamos todas as questões que nos enviaram e transformamos nesse FAQ.

Dê uma lida, fique por dentro e descubra tudo o que você precisa saber sobre o projeto piloto da Ponta da Praia.

O que é o projeto piloto da Ponta da Praia?

Trata-se de uma construção que visa minimizar a erosão e os danos acusados pelas ressacas, tao típicas daquela região da cidade.

Para isso, a Ponta da Praia irá receber uma barreira submersa em formato de ‘L’, com bags de geotêxtil (material polimérico inerte e de baixo impacto ambiental) preenchidos com areia da praia. Uma das pontas tem início nas muretas, na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima, e seguirá por 275 metros; a outra ficará paralela ao muro, em direção ao canal 6 e terá 240 metros de extensão.

Serão usados cerca de 7 mil metros cúbicos para o preenchimento dos bags.

Para que serve?

O projeto é embasado em uma nota técnica desenvolvida pelos professores Tiago Zenker Gireli e Patrícia Dalsoglio Garcia, da Unicamp. A medida tem como objetivo minimizar a erosão e os danos causados pelas ressacas, além de ampliar a base de dados e propor uma solução definitiva para conter o acentuado processo erosivo desse trecho da orla.

Como está sendo feito?

A obra teve início no dia 6 fevereiro, quando caminhões transportaram areia da região do Canal 2 para o trecho entre o canal 6 e o Aquário. Atualmente, o segundo tapete está sendo instalado, ou seja, o segundo bag foi colocado e enchido com a areia.

Os tapetes ficarão embaixo dos 49 bags que formarão a estrutura em L com 275 metros em uma parte e 240 metros em outra.

Para isso, os bags serão posicionados por mergulhadores sobre o tapete, embaixo da água. Eles encaixarão no bag o tubo para levar a areia que será bombeada com o auxílio de uma draga.

Essa tecnologia é usada em construção de diques e quebra-mares em várias partes do mundo como, por exemplo, nos Estados Unidos, Golfo do México, Austrália e Coreia do Sul.

Quem está envolvido?

A obra é feita pela empresa Submar e tem orçamento de R$ 2,9 milhões.

O recurso utilizado para custear a construção foi liberado pelo Ministério Público Estadual e vem do valor arrecadado em multa ambiental por acidente ocorrido no Porto de Santos.

Qual é o prazo?

A estimativa da Prefeitura de Santos é de concluir a obra na primeira quinzena de março.

Qual o histórico desta região da orla?

A Ponta da Praia enfrenta, há tempos, condições críticas de erosão – transformação natural do solo – e, por isso, quem passa por essa parte da orla percebe que praticamente não há faixa de areia. Por conta disso, quando o mar está de ressaca, a água acaba por invadir avenidas, atingir os sinais de trânsito, casas e estabelecimentos comerciais, como é noticiado em vários períodos do ano.

Como forma de conter essa ação e minimizar a erosão – e seus consequentes resultados negativos, a prefeitura chegou a realizar intervenções emergenciais depositando no local areia retirada dos Canais 2 e 3 e fazendo reforço com pedras junto aos muros, o que não se mostrou suficiente. A ideia é que o projeto piloto da Ponta da Praia funcione como um quebra mar.

Na prática, como os moradores vão se beneficiar disso?

A estrutura irá mudar a direção das ondas, diminuir ou eliminar o transporte costeiro para a região do canal 6. Isso significa que, após sua implementação total, os dias de ressaca devem ter outro cenário e impacto na região – sem a invasão das águas com as quais nos acostumamos nos últimos anos.

* Com informações do jornal da Unicamp.

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Jornalista,