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Startup de Praia Grande pode levar energia limpa para o coração da Amazônia

Eles mostram que inovação sustentável está mais perto do que imaginamos

Tempo de leitura: 3 minutos

Você já pensou como seria viver sem energia elétrica estável? Essa é a realidade da aldeia Nomanawa, no interior do Acre. Agora, porém, uma startup de Praia Grande acelerada pelo Sebrae pode mudar esse cenário. A TidalWatt embarcou em dezembro para estudar a implementação de energia limpa na comunidade indígena, usando turbinas subaquáticas nos rios locais.

Foto: Divulgação / Maurício Queiroz, fundador da startup

Essa iniciativa nasceu de um encontro inusitado entre o fundador da empresa e a liderança indígena. Além disso, conta com apoio do programa Sebrae for Startups. Se der certo, será um marco para a comunidade e para a tecnologia desenvolvida na Baixada Santista.

Eletricidade para áreas remotas

Falar em energia renovável virou comum, mas implementar essas soluções em regiões isoladas ainda é complicado. Segundo a ANEEL, mais de 990 mil domicílios brasileiros não têm acesso regular à eletricidade. A maioria fica na Amazônia e em comunidades indígenas.

A energia solar, embora popular, nem sempre funciona bem nessas áreas. Por isso, turbinas que aproveitam a força dos rios surgem como alternativa viável. Diferentemente das grandes hidrelétricas, essas turbinas são compactas e não precisam de barragens.

TidalWatt

Tudo começou em outubro, no Horasis Global Meeting, em São Paulo. Lá, Maurício Otaviano de Queiroz, fundador da TidalWatt, conheceu o Cacique Yama. O líder da aldeia Nomanawa buscava justamente uma solução para levar eletricidade à comunidade.

Consequentemente, surgiu a parceria com o Instituto Voz da Floresta. A ONG defende direitos indígenas e busca melhorar a qualidade de vida local. Agora, Maurício viaja ao Acre para avaliar a viabilidade técnica do projeto.

Tecnologia adaptada da costa para os rios

A grande sacada está na adaptação. Originalmente, a startup desenvolveu turbinas para ambientes marinhos. Entretanto, a tecnologia funciona também em rios, aproveitando a vazão local.

Além disso, o tamanho impressiona: uma turbina de 3 metros gera até 5 megawatts. Para comparar, seria equivalente a uma turbina eólica de 180 metros, mas com estrutura bem menor. Portanto, a solução se mostra ideal para comunidades remotas.

A aldeia já tentou usar painéis solares sem sucesso. Por conta disso, a nova tecnologia representa esperança real de transformação.

Impacto social e ambiental do projeto

Se aprovado, o projeto trará luz, conforto e dignidade aos moradores. Isso significa acesso a geladeiras, chuveiros elétricos e ferramentas básicas. Ademais, a energia limpa preserva o meio ambiente local.

A iniciativa também pode inspirar outras comunidades. Afinal, muitas regiões brasileiras enfrentam os mesmos desafios. Para saber mais sobre programas de aceleração, acesse o portal do Sebrae-SP.

Polo de inovação sustentável

Histórias como essa mostram o potencial da região. Com apoio do Sebrae, startups locais desenvolvem soluções que vão além do contexto regional. Consequentemente, Praia Grande e a Baixada se consolidam como berço de ideias transformadoras.

Para quem mora por aqui, acompanhar esses projetos é inspirador. Eles mostram que inovação sustentável está mais perto do que imaginamos. E, certamente, podem surgir mais colaborações entre a Baixada e outras regiões do Brasil.

Vitor Fagundes
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