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Santos tem quase metade dos talentos na área de games na Baixada Santista

Tempo de leitura: 4 minutos

Se você já curte games – seja jogando, criando ou acompanhando notícias do setor – vai gostar de saber que a cena gamer ferve na Baixada Santista. Segundo o primeiro Censo de Desenvolvedores Independentes da Região, de 2025, Santos é atualmente o principal polo de desenvolvedores de games na Baixada Santista, atraindo talentos e impulsionando o ecossistema digital.

O estudo, liderado pela comunidade 13 Bit Game em parceria com o Movimento ODS Santos 2030, traça um panorama interessante sobre quem está por trás da produção de jogos eletrônicos por aqui. Alguns dados chamam a atenção para a força criativa instalada em Santos e revelam como outras cidades da região também estão conectadas nesse universo cada vez mais promissor.

www.juicysantos.com.br - Santos é o principal polo para talentos na área de games na Baixada Santista

Referência local

Segundo a pesquisa, Santos concentra quase metade dos desenvolvedores de games da Baixada Santista. São 43 dos 97 profissionais mapeados, reforçando a posição do município como referência local na área. O interesse, no entanto, vai além da cidade. Também se destacam São Vicente (18 desenvolvedores), Guarujá (12) e Praia Grande (9), indicando uma participação regional consolidada e crescente.

Cidades como Cubatão, Bertioga, Mongaguá, Peruíbe e Itanhaém compõem o restante do mapa, mostrando que é cada vez mais comum encontrar quem deseje transformar a paixão pelos games em profissão.

Ainda de acordo com o estudo, outros pontos merecem desatque. Muitos desenvolvedores estão no começo da carreira (66 pessoas atuam há menos de 3 anos) e a maioria integra pequenos coletivos ou assume a posição solo, cenário típico de desenvolvedores independentes, conhecidos como indie devs.

Quando o assunto é formação, há grande presença de quem buscou educação técnica ou superior, mas também chama atenção o grupo de autodidatas. Inclusive, muitos estão aprendendo na prática ou em cursos livres.

Mercado de games: uma indústria em expansão

O crescimento do segmento de games é sentido em todo o país. Conforme indica a consultoria PwC, a expectativa para o Brasil é que o mercado de games atinja uma receita de até US$ 2,8 bilhões em 2026. Não por acaso, o censo da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) aponta um salto impressionante no número de estúdios formalizados no Brasil. Foi de 130, em 2014, para 1.040 em 2024.

Os dados reforçam o papel de Santos como principal polo de desenvolvedores de games na Baixada Santista, dentro de um cenário nacional animador. No âmbito local, iniciativas como cursos em Etecs (e a nova unidade do IFSP), universidades e centros como o Sesc Santos funcionam como base formadora de novos talentos. Só na cidade de Santos, nomes como a Etec Aristóteles Ferreira, a Universidade São Judas (Unimonte), a Fatec, o Senac e a Fábrica de Cultura oferecem oportunidades para quem quer trabalhar com games e inovação. 

Desafios da cena digital

Apesar do entusiasmo, ainda há obstáculos evidentes. O levantamento revela que apenas seis estúdios de games na Baixada Santista operam de maneira formal. Portanto, como empresas legalmente constituídas. Isso sugere um movimento majoritariamente informal, algo comum no universo dos desenvolvedores independentes, marcado por equipes pequenas e projetos colaborativos.

Ao mesmo tempo, esse formato permite flexibilidade, autonomia e espírito de comunidade. Exemplo disso é o Santos Game Power Up – Encontro de Desenvolvedores de Games Independentes, que vai rolar em setembro de 2025. O evento tem sede em Santos e abre espaço para conexões, compartilhamento de experiências e, principalmente, articulação de oportunidades no setor.

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