Santos comemora 40 anos de luta contra o HIV/Aids no Dezembro Vermelho
Em 2024, Santos marca o 40º aniversário de compromisso na luta contra o HIV/AIDS. Reconhecida nacional e internacionalmente por suas iniciativas pioneiras, a cidade prepara um Dezembro Vermelho cheio de atividades que prometem reforçar a conscientização e promover a saúde pública.
Evolução em tratamento e prevenção
Desde o início da epidemia na década de 1980, os avanços no tratamento e prevenção do HIV têm sido notáveis. O tratamento antirretroviral, que antes consistia em um coquetel múltiplo de medicamentos, evoluiu recentemente para uma abordagem mais simplificada. Em 2023, um único medicamento diário começou a ser utilizado em determinadas faixas etárias, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e facilitando a adesão ao tratamento.
A prevenção também ganhou novas frentes com a introdução da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), ampliando as medidas preventivas além do tradicional uso de preservativos.
Campanhas e conscientização
A partir do dia 30 de novembro, Santos se mobiliza com a campanha “Fique Sabendo”, promovendo testes gratuitos de HIV, distribuição de preservativos, lubrificantes e autotestes em vários pontos da cidade.
As atividades são organizadas em parceria com várias ONGs e instituições de saúde, destacando-se sessões de testagem que acontecem em locais estratégicos como o Novo Quebra-Mar e o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini.
Passado, presente, futuro
Embora os avanços sejam evidentes, os desafios permanecem consideráveis.
A baixa adesão a testagens regulares e a prevenção combinada são obstáculos que Santos busca superar com políticas inclusivas e educativas. O evento temático deste ano, “40 Anos de Luta Contra a Aids: História, Sucessos e Desafios Futuros”, não apenas celebra as conquistas, mas também formula estratégias para o futuro, com o objetivo de erradicar a AIDS até 2030.
Figuras importantes da área, como os médicos Fábio Mesquita e Evaldo Stanislau, estarão presentes em rodas de conversa para discutir estratégias de combate à doença.
A programação inclui não só ações educativas e preventivas, mas também eventos culturais, como oficinas de arte e performances teatrais, que utilizam a arte como meio de sensibilizar e envolver a comunidade.
Quarenta anos depois do triste título de “capital da Aids no Brasil”, Santos não só reafirma seu papel de liderança na luta contra o HIV/AIDS como também mostra que ações norteadas pela humanização e inovação conseguem resultados bastante positivos.