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Santos busca cooperação com a Unesco para alfabetização midiática

Tempo de leitura: 3 minutos

Talvez você nunca tenha ouvido o termo “educação midiática”. Mas, se você já se pegou duvidando se aquela notícia no grupo da família era verdadeira, esse conceito passou pela sua cabeça. A preocupação em relação à desinformação está cada vez mais presente nas rodas de conversa, sejam elas presenciais ou virtuais. Agora, isso é um problema até mesmo das cidades. Por isso, Santos quer ensinar a população, desde a criançada até os mais velhos, a entender melhor o que circula nas redes, filtrar o que é fato e o que é fake e ainda usar a tecnologia de maneira mais ética.

Por isso, o município iniciou uma conversa para integrar um projeto global da Unesco para enfrentar esse problema.

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A pauta foi destaque de uma reunião em Brasília no dia 25 de agosto, quando uma equipe da Prefeitura de Santos se encontrou com representantes da organização para começar a desenhar os próximos passos dessa parceria. Caso avance, a participação pode colocar Santos no mapa de um projeto-piloto global e reforçar o papel da cidade como referência nacional em cidadania digital.

Alfabetização midiática: o que está em jogo?

A ideia de promover alfabetização midiática não surge do nada. Com o volume gigantesco de informações circulando a cada segundo, ficou mais difícil saber o que é confiável. O prestigiado Reuters Institute Digital News Report apontou, em 2023, que o Brasil está entre os países mais afetados por fake news, especialmente em períodos eleitorais e durante emergências de saúde pública.

Pois é, desenvolver o pensamento crítico e a checagem de fatos ainda na infância é essencial para formar pessoas preparadas para os desafios digitais. Em algumas cidades pelo mundo, iniciativas parecidas resultaram em queda no compartilhamento de informações falsas e maior engajamento em debates públicos de qualidade.

Como seria Santos como “Cidade MIL”?

O projeto que Santos pleiteia se chama MIL Cities (Cidades de Alfabetização Midiática e Informacional). E ele vai muito além das salas de aula. A ideia é criar uma rede municipal que inclui escolas públicas, universidades, veículos de comunicação, ONGs e espaços culturais. Todos esses atores se unem para combater a desinformação e valorizar o olhar crítico.

Em resumo: essa iniciativa ajuda a influenciar o modo como a cidade consome e produz informação.

Entre os programas que existem atualmente e envolvem educação midiática, estão Educa Santos TV, Parquinho Tecnológico e o componente Comunicação e Multiletramento nas escolas públicas.

O projeto de alfabetização midiática proposto pretende, futuramente, envolver escolas, jornalistas, ONGs, universidades e até mesmo pontos de cultura nos bairros, como as Vilas Criativas, que são espaços conhecidos por levar atividades e oficinas especialmente para regiões com maior vulnerabilidade.

A proposta é que todas essas frentes atuem em conjunto, trocando experiências e desenvolvendo atividades para que a população, em geral, aprenda não só a identificar fake news, mas também a criar conteúdos digitais de forma responsável.

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