Quanto custa morar em Santos? O mito da cidade burguesa

Quanto custa morar em Santos? Essa é a pergunta que não quer calar e que volta e meia vira manchete na mídia. A cidade, que muitos adoram chamar de “burguesa” nos comentários nas redes sociais, está sempre no centro da polêmica quando o assunto é custo de vida.

Mas será que Santos é mesmo tão cara assim, ou existe outro lado dessa história que ninguém conta sobre quanto custa viver realmente em Santos?

Recentemente, no início de março de 2025, voltamos a ser bombardeados com matérias classificando Santos como a segunda cidade mais cara do Brasil e entre as 15 mais caras da América Latina, refletindo na questão de quanto custa morar em Santos.

O levantamento do site colaborativo Expatistan compara nosso custo de vida com o de Praga, na República Tcheca. Sim, você leu certo: existe um “índice Praga” por aí, e Santos aparece no mesmo patamar de cidades europeias.

O ranking que assusta

Esses números vêm do Índice de Custo de Vida (ICV), que analisa preços de produtos e serviços em diferentes cidades. Contudo, precisamos lembrar que são sempre recortes da realidade. Existem dados, sim, mas também existe a vivência hiperlocal de quem mora aqui e paga as contas no fim do mês, considerando quanto custa viver em Santos.

A metodologia desses rankings considera uma cesta padronizada de produtos e serviços, comparando poder de compra entre diferentes locais. Portanto, alguns fatores podem inflar os números e dar aquela impressão de que morar em Santos exige uma conta bancária de milionário.

O êxodo pós-pandemia

Aqui entra o plot twist da história. Ao mesmo tempo que esses rankings pintam Santos como inacessível, houve um movimento migratório significativo de pessoas deixando São Paulo pela cidade litorânea após a pandemia. Esse fenômeno não é exclusivo do Brasil — em Nova York, por exemplo, mais de 300 mil pessoas deixaram a cidade entre 2021 e 2022, o equivalente a uma Praia Grande inteira.

Muita gente que fez essa mudança encontrou em Santos uma qualidade de vida superior sem necessariamente gastar mais. Relatos reais mostram o impacto no quanto custa morar em Santos, com pessoas pagando o mesmo aluguel em um apartamento de 130m² em Santos que desembolsavam por apenas 50m² em bairros nobres de São Paulo, como Pinheiros. Quanto custa morar em Santos para essas pessoas, afinal?

Matemática

Segundo levantamentos recentes, o custo de vida mensal para uma família de quatro pessoas em Santos fica em torno de R$ 14.321 — mas aqui entre nós, quem está ganhando tudo isso? 

Certamente não é barato, mas quando comparamos com São Paulo, a diferença não é tão dramática quanto os rankings sugerem. E quanto custa realmente viver em Santos, se considerarmos outros fatores?

A grande questão é: qual oportunidade econômica cada cidade oferece? Em Santos, você pode estar pagando um pouco mais no supermercado, mas está ganhando mais espaço, menos trânsito — comparado com a grande SP — praia a poucos quarteirões e uma qualidade de vida que não tem preço — no caso tem, e não é muito barato. 

Santos é cara ou vale a pena?

No final das contas, morar em Santos é uma equação pessoal. A cidade oferece um equilíbrio peculiar: sim, alguns itens custam mais caro, mas você ganha em qualidade de vida, proximidade com a natureza e, dependendo da busca, mais metros quadrados pelo mesmo valor de aluguel.

Sendo assim, enquanto Santos continua aparecendo em rankings internacionais de cidades caras, quem vive aqui sabe que o custo-benefício pode ser excelente. 

Especialmente para quem busca fugir do caos das grandes metrópoles sem abrir mão de infraestrutura e serviços de qualidade. Quanto custa, afinal, para viver com esta qualidade em Santos?

Portanto, vale a pena conhecer a realidade de quem trocou o apartamento apertado na capital por um espaço maior com vista para o mar. Às vezes, o que parece caro no papel se revela um investimento inteligente na prática.

Quer saber mais sobre o custo de vida em Santos? Falamos sobre esse assunto lá no Juicycast no YouTube do Juicy Santos.

E se você está pensando em se mudar para cá, converse com quem já fez essa transição — a experiência real e local pode te ajudar.