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Programa Santos Jovem Doutor conquista prêmio nacional em SP

Há mais de 10 anos, projeto une educação, saúde e inovação nas escolas municipais de Santos

Tempo de leitura: 3 minutos

Sabia que um projeto desenvolvido em escolas municipais de Santos acaba de levar um prêmio nacional importante? Este prêmio colocou a região no radar das discussões sobre saúde e educação no Brasil. Pois é, o Programa Santos Jovem Doutor venceu o Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica em São Paulo, mostrando que dá para unir inovação, prevenção e tecnologia desde cedo, direto das salas de aula da Baixada Santista.

Entre os critérios avaliados, estavam a capacidade do projeto de unir pesquisa, tecnologia, inclusão e resultados práticos para a qualidade de vida dos participantes.

Mas você sabe exatamente o que está por trás dessa vitória? Bora entender por que essa premiação é relevante para quem mora, trabalha ou tem carinho pela região.

A ideia desse programa já tem mais de 10 anos. Ela nasceu de uma parceria entre as secretarias municipal de Educação e Saúde e a tradicional Faculdade de Medicina da USP. A grande sacada está em envolver alunos do Ensino Fundamental II. Assim, conhecimentos sobre saúde são transformados em algo prático, dinâmico e, acima de tudo, acessível.

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Santos liderando políticas de saúde preventiva para jovens

Iniciativas como o Santos Jovem Doutor conseguem alinhar escolas a serviços de saúde, criando oportunidades de acesso das famílias e comunidades a informações confiáveis e a cuidados contínuos. Portanto, indo muito além daquele conteúdo tradicional visto em aulas de ciências. No contexto de um país que ainda enfrenta desigualdades no acesso à saúde, programas assim apontam caminhos possíveis para uma mudança estrutural.

Como funciona o Santos Jovem Doutor

E o que exatamente o programa faz, na prática?

Estudantes do 7º ao 9º ano aprendem sobre saúde mental, visão, audição, primeiros socorros e muitos outros temas que são urgentes para o dia a dia. Eles participam de atividades educativas como protagonistas, não apenas como ouvintes. Os alunos utilizam desde robótica até recursos de realidade aumentada, numa pegada de educação digital super aplicada.

Um dos diferenciais do Santos Jovem Doutor é o uso da chamada Estação de Telessaúde, que integra escolas e equipes de atenção primária à saúde, tornando possível monitorar, orientar e encaminhar situações de saúde dos alunos. Além disso, os estudantes são incentivados a repassar o conhecimento para colegas e até para a comunidade em que vivem, funcionando como agentes multiplicadores.

Tecnologia, acolhimento e protagonismo

O Jovem Doutor já capacitou mais de 3.500 estudantes só em Santos, distribuídos em 17 escolas municipais. Temas como prevenção de doenças crônicas, direitos humanos, empatia e autocuidado estão na pauta. Assim, fica claro que saúde vai além da ausência de doença – é uma questão de cidadania.

Apesar de muitas vezes a saúde no Brasil ser pauta apenas durante crises ou por conta da situação de hospitais, as ações de prevenção e promoção à saúde nas escolas têm crescido. Elas são vistas como estratégia fundamental em cidades de médio e grande porte. Segundo pesquisa do Observatório da Saúde na Infância (Fiocruz), ações educativas no ambiente escolar podem contribuir para a redução do adoecimento precoce. Elas também têm impactos no desempenho escolar e social de crianças e adolescentes.

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