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Prédios tortos de Santos serão realinhados em programa com o BNDES

Os famosos prédios tortos de Santos serão alvo de um plano estratégico para combater os efeitos das mudanças climáticas e buscar soluções para esse fenômeno da orla santista.

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Em uma iniciativa pioneira, a Prefeitura de Santos e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelo intermédio do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, anunciaram nesta sexta-feira (25 de abril), em Brasília, uma parceria para elaborar um planejamento com alternativas para mitigar os efeitos do aquecimento global em Santos, como o aumento do nível do mar e as enchentes provocadas pelas intensas chuvas na região. Uma das prioridades está nos prédios tortos de Santos, aqueles edifícios que ficam de frente para a praia.

Plano estratégico e financiamento

Após um diagnóstico inicial, com a ajuda de especialistas internacionais, serão identificadas obras e projetos necessários para combater esses efeitos, incluindo a questão das construções com inclinação na orla.

Há a possibilidade de BNDES financiar as intervenções necessárias. Hoje, existe um Fundo Clima do banco, com cerca de R$ 20 bilhões para este ano. Atualmente, o BNDES tem um setor específico para tratar de temas de sustentabilidade, com foco na adaptação das cidades aos desafios dos extremos climáticos.

O plano também focará na integração de obras já realizadas e em andamento, além de propor novas medidas. Entre as soluções, estão a utilização de molhes ou bags para recuperar áreas de praia, a construção de piscinões para controle de enchentes, contenção de encostas e monitoramento mais eficaz de áreas de risco, especialmente nos morros de Santos.

Futuro

Estudos indicam que cidades litorâneas são especialmente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, que incluem elevação do nível do mar e aumento na frequência de chuvas torrenciais. Por isso, todas as cidades da Baixada Santista estão nesse mapa. Segundo dados da UNESCO, um planejamento urbano que considere esses aspectos pode garantir a sustentabilidade desses ambientes. Em Santos, esse planejamento incluirá, dentre outras medidas, a implementação de novas soluções de macrodrenagem e drenagem em todas as regiões da cidade.

Não apenas proteger seus recursos naturais, Santos precisa agir para conservar seu patrimônio urbanístico e cultural. A cidade pode – e deve – ser um modelo de resiliência urbana na era das mudanças climáticas.

Qualidade de vida e segurança também passa por cuidar do contexto territorial.