Por que usamos tão pouco LinkedIn em Santos?
O SxSw 2025, maior evento de inovação do mundo que acontece em Austin, no Texas, trouxe uma informação importante: a era das grandes audiências cede espaço para o poder do engajamento. Os criadores de conteúdo estão monetizando não apenas o alcance, mas a profundidade das relações construídas com suas comunidades.
Nesses espaços, emerge um novo modelo: grupos altamente nichados, onde o criador transcende a figura de produtor de conteúdo e assume o papel de facilitador de discussões e interações entre seus seguidores. E sabe uma rede que já está nessa linha há anos? O LinkedIn. Em 2024 essa rede social profissional alcançou um marco significativo no Brasil, atingindo 75 milhões de usuários. Só para você ter uma ideia, este número representa mais de 60% da força de trabalho nacional.
Já somos o terceiro maior mercado do LinkedIn, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia, com um crescimento médio anual de cerca de 15%.
Mas aqui em Santos, a adoção desta rede profissional como estratégia de construção de autoridade, concretização de negócios e conexões parece que cresce de formas bem mais lentas.
Por que usamos tão pouco LinkedIn em Santos?
É muito comum essa percepção vir de dois grupos: profissionais de recursos humanos, que usam o LinkedIn para buscar e checar informações de talentos. E de empreendedores, que em muitos casos usam o LinkedIn tanto para recrutar como para buscar ou checar informações de clientes. Mas o cenário nem sempre é favorável e muitas oportunidades ficam pelo caminho.
Eu me encaixo no segundo grupo e sinto uma diferença enorme quando estou lidando com mercados mais maduros. Quando preciso buscar informações de gente de capitais, a história é outra. Pessoas nao apenas com o perfil do LinkedIn atualizado, mas geração de conteúdo constante para a plataforma, que desde 2016 reforça seu posicionamento de base de conteúdo, deixando para traz aquela percepção de repositório de currículos.
E existem várias razões que podem explicar por que pessoas em cidades menores tendem a usar menos o LinkedIn em comparação com habitantes de grandes centros urbanos:
Mercado de trabalho local
- Você concorda com a percepção de que a economia em Santos, exceto pelo setor portuário, é baseada em relacionamentos pessoais? Em comunidades menores, como o mercado de Santos, as oportunidades de negócios e emprego frequentemente surgem por meio de conexões pessoais diretas e redes informais de contato, diminuindo a necessidade de plataformas digitais para networking profissional.
- Perfil econômico diferente: Santos têm sua economia centrada no setor portuário, que apesar de não ser baseado em relacionamentos pessoais, é um setor muito fechado e regulamentado. Especialmente os tomadores de decisão são bem definidos. E quando falamos de outros setores presentes na cidade, como como o setor público, pequeno comércio, serviços básicos ou construção civil, são setores que não exigiram tanta presença digital profissional nos últimos anos.
- Outro fator e que temos menor concentração de empresas que valorizam o LinkedIn, exceto pelo setor portuário. Grandes corporações, startups de tecnologia e empresas multinacionais, que geralmente enfatizam a presença digital no recrutamento, tendem a se concentrar em cidades maiores.
Fatores culturais e sociais
Também existem outros fatores, que certamente você já deve ter sentido na pele ou ouvido alguém falar sobre isso: Santos é um ovo para alguns grupos. Em comunidades onde “todos se conhecem”, o valor percebido do LinkedIn é menor. Santos tem grandes grupos associativistas – de clubes Rotary a associações. Isso sem falar da maçonaria e das rodas informais, muito concentradas no público masculino.
Outro fator é que pessoas que moram em cidades menores podem ter objetivos profissionais focados no contexto local, com menos ênfase em mobilidade profissional global ou construção de marca pessoal. Essa realidade cada vez mais está sendo transformada graças ao trabalho remoto ou híbrido. Nesse caso, é importante olharmos as teses de Parag Khanna, autor conhecido por suas análises sobre geopolítica e o futuro da globalização, com foco em migração, tecnologia e conectividade.
Khanna cunhou o termo “conectografia” para descrever o mapeamento dessas redes de conectividade global. Ele analisa como os fluxos de mobilidade estão remodelando a geopolítica e a economia mundial. A migração é uma força crescente que está remodelando o mapa global, que tendem a gerar um impacto em cidades como Santos e Praia Grande do ponto de vista estadual, além de fatores globais como as mudanças climáticas, a guerra e a busca por melhores oportunidades econômicas.
As diferenças de adoção do LinkedIn entre cidades grandes e pequenas provavelmente diminuirão à medida que mais organizações adotam práticas de trabalho flexíveis e recrutamento digital. Por isso, como cidade, precisamos nos preparar para não ficarmos de fora dessas oportunidades econômicas.
Vamos mudar transformar essa cultura?
E é justamente para virar esse jogo que o Juicyhub, em parceria com o Portal da Empregabilidade da Baixada Santista, traz a Santos um evento imperdível. No dia 14 de abril de 2025, prepare-se para desvendar os segredos de um crescimento no LinkedIn com Vítor Prado, profissional que alcançou meio milhão de pessoas em apenas um mês, ignorando as “regras” tradicionais da plataforma.
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Não perca a oportunidade de aprender um método contra-intuitivo que realmente funciona e que prioriza a qualidade do conteúdo em vez de “hacks” superficiais. As vagas são limitadas, o evento é 100% gratuito e possui intérprete da língua brasileira de sinais.
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