Itamar Vieira Junior abre programação sobre palavras e mundos no Sesc Santos
As bibliotecas são espaços fundamentais de partilha nas cidade. E nós aqui no Juicy Santos acreditamos plenamente nesses “terceiros lugares” como agentes de transformação e aprofundamento das relações entre pessoas, sua cultura e seu território. Por isso, é uma enorme alegria noticiar a programação especial “Biblioteca: entre palavras e mundos”, no Sesc Santos.
A ação marca a reabertura da biblioteca da unidade e traz nomes incríveis de diferentes vertentes do mundo literário e da palavra.
Na quinta-feira (13 de fevereiro), às 20 horas, a gente recebe Itamar Vieira Junior em Santos. O autor de Torto Arado vem para um encontro enriquecedor, fazendo reflexões sobre sua obra e sua trajetória.
O evento, gratuito e aberto ao público, é uma rara oportunidade de ouvir diretamente do autor sobre suas inspirações, processos criativos e as histórias por trás de suas consagradas obras.
Mas atenção: você deve retirar seu ingresso uma hora antes da palestra.
Também passam por aqui até o fim de fevereiro nomes como Amara Moira, a ilustradora Aline Bispo, que fez uma intervenção artística por lá e a já tradicional Batalha da Conselheiro.
Autor premiado e suas referências
Itamar Vieira Junior não é apenas um escritor, mas um fenômeno literário cuja obra “Torto Arado” transcendeu fronteiras, alcançando leitores em mais de 20 países. Seus livros, ricos em narrativas que exploram a memória, identidade e a luta pela terra, ganharam premiações importantes como Leya, Oceanos e Jabuti. Além disso, Vieira Junior é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos.
Em Torto Arado, o autor se aprofunda nas vidas de duas irmãs no sertão da Bahia, desdobra as complexidades das relações familiares e sociais em um contexto de luta pela terra e sobrevivência.
Além da presença de Itamar Vieira Junior, a agenda da biblioteca do Sesc Santos terá desde bate-papos, oficinas literárias até intervenções artísticas.
Veja a agenda completa de Biblioteca: entre palavras e mundos
Dia 13 de fevereiro (quinta-feira), às 20 horas
O escritor baiano Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado”, “Salvar o Fogo”, “Doramar ou a Odisseia:Histórias”, vencedor dos prêmios Leya, Oceanos e Jabuti, conversa com o público sobre sua trajetória literária, reflexões e obras.
Nascido em Salvador, em 1979. Itamar é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Seu romance Torto Arado é um dos maiores sucessos de público e crítica da literatura brasileira das últimas décadas, tendo sido traduzido em mais de vinte países, com futura adaptação para o audiovisual. Publicou também Doramar ou a Odisseia: Histórias e Salvar o Fogo.Dia 13/2. Quinta, 20h
Às 20 horas, no Teatro
Grátis – Retirada de ingressos no dia da atividade, uma hora antes do início.
Não recomendado para menores de 14 anos
De 15 a 23 de fevereiro (sábados e domingos), às 11 horas
As muitas Áfricas inscritas no feminino, com Providence Bampoky
A partir de narrativas produzidas por escritoras africanas, quatro encontros buscam motivar e criar uma comunidade de leitores interessados em conhecer a história e a cultura africanas, quebrando paradigmas e possibilitando a construção de laços de troca de conhecimentos e cultura através do espaço crítico e reflexivo. Em cada um desses encontros, será feita uma breve apresentação da autora em relação à sua vivência cultural e histórica (contexto histórico do romance) e, em seguida, será analisada a obra, trazendo para o debate as questões ligadas à vivência das personagens femininas.
“Fique comigo”, de Ayòbámi Adébáyò
Dia 15/2. Sábado, 11h às 12h30
Biblioteca
Grátis – Sem retirada de ingressos.
“Mulher de Pés Descalços”, de Scholastique Mukasonga
Dia 16/2. Domingo, 11h às 12h30
Biblioteca
Grátis – Sem retirada de ingressos.
“O alegre Canto da Perdiz”, de Paulina Chiziane
Dia 22/2. Sábado, 11h às 12h30
Biblioteca
Grátis – Sem retirada de ingressos.
“Mutilada”, de Khady Koita
Dia 23/2. Domingo, 11h às 12h30
Biblioteca
Grátis – Sem retirada de ingressos
Dias 15 e 16 de fevereiro (sábado e domingo), das 14 às 18 horas
Textos impossíveis – Oficina de escrita com Amara Moira
A oficina propõe exercícios e reflexões sobre a escrita literária como um processo contínuo de reescrita, marcado por apropriações e transformações em busca de um estilo próprio. Além disso, incentiva o desenvolvimento do olhar crítico, para que o escrever e o criticar estejam sempre em pé de igualdade.
Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica pela Unicamp (com tese sobre o Ulysses, de James Joyce) e autora de E se eu fosse puta (n-1 edições, 2023), onde relata suas experiências como trabalhadora sexual, Vidas Trans – A coragem de existir (Astral Cultural, 2017), onde traz a pré-história da sua transição de gênero, e Neca: Romance em Bajubá (Companhia das Letras, 2024), onde apresenta um monólogo autoficcional escrito inteiramente na língua das travestis. Além disso, ela é colunista do UOL Esporte e da Fatal Model e coordenadora do Museu da Diversidade Sexual (São Paulo).
Sala 2
Grátis – Inscrições de 1 a 14/2 em http://centralrelacionamento.sescsp.org.br e no app do Sesc
Não recomendado para menores de 16 anos – Autoclassificação
De 18 a 20 de fevereiro, das 15 às 18 horas
Oficina – Poesia, Memória e Ancestralidade, com Samarone Lima (para pessoas idosas)
Oficina de leitura e escrita criativa que trabalha a memória como fonte de sensibilização e abertura de fluxos criativos adormecidos (ou travados), buscando despertar a imensa fonte que a literatura tem utilizado ao longo de séculos – a própria vida, as memórias pessoais e ancestrais. A partir de 60 anos.
Samarone Lima é um poeta cearense radicado em Pernambuco há mais de 30 anos, autor de seis livros de poesia. Ganhou os prêmios da Bienal do Livro de Brasília e Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional, pelo seu livro O aquário desenterrado, em 2014. É professor das disciplinas “Poesia” e “Crônica”, do curso de pós-graduação Lato Senso de Escrita Criativa, (Fafire – Recife), e na especialização em “Jornalismo Independente”, da Universidade Católica de Pernambuco. Foi Coordenador de comunicação do secretário de Cultura de Pernambuco Ariano Suassuna (2009 a 2014).
Valores – R$6 (credencial plena). R$10 (meia-entrada) e R$20 (inteira).
Inscrição de até 18 de fevereiro em centralrelacionamento.sescsp.org.br e app Credencial Sesc SP.
Dia 18 de fevereiro, às 19 horas
Batalha da Conselheiro
Criada em 2015, a Batalha da Conselheiro reúne MCs que usam ritmo e poesia para uma competição de slam. Acontece sempre às quartas-feiras na esquina da avenida da praia com a avenida Conselheiro Nébias, em Santos/SP. Mais de 400 batalhas já aconteceram, promovendo a arte e a cultura periférica da Baixada Santista.
Grátis.
A partir de 13 de fevereiro
Intervenção: Aline Bispo
Intervenção visual nos vidros do novo espaço da Biblioteca pela artista Aline Bispo, ilustradora das capas da trilogia de Itamar Vieira Junior (Torto Arado, Doramar e a Odisseia, Salvar o fogo) e da coluna semanal de Djamila Ribeiro na Folha de São Paulo.
Aline Bispo (São Paulo, SP, 1989) é multiartista visual, ilustradora e curadora do Acervo Ibirapitanga. É também é colunista do Nós, mulheres da periferia. Em suas produções, investiga temáticas que cruzam a miscigenação brasileira, gênero, sincretismos religiosos e étnicos.
Faz parte do time de artistas com obras expostas e/ou presentes nos acervos MASP, Instituto Moreira Salles (São Paulo), Pinacoteca de São Paulo, SESC, Museu Afro Brasil, Itaú Cultural, MAC-RS e Galeria Luis Maluf. Atualmente possui três empenas pintadas no Parque Minhocão, em São Paulo, sendo a primeira “Salve, Lélia!”, em uma homenagem a Lélia Gonzalez.
Aline também é a ilustradora da capa de livros como livro Torto Arado e toda a atual trilogia recém-lançada de Itamar Vieira Junior. É co-autora de Serena Finitude ao lado de Anelis Assumpção e ilustra semanalmente a coluna de Djamila Ribeiro para a Folha de São Paulo.
De 19 a 21 de fevereiro, das 17 às 20 horas
Intervenção Poesia em trânsito, com com Zebra5 Jogo e Arte
Esta intervenção literária lida com a potência da palavra, combinada a uma ação de ocupação do espaço. A partir da linguagem poética, vista aqui de modo ampliado, mas partindo do lugar onde a palavra é a célula multifacetada que pode se desdobrar em todo o seu potencial – sonoro, simbólico e visual, o público é convidado a criar, refletir, ouvir e agir a partir destas bases.
Grátis, sem retirada de ingressos
20 de fevereiro, às 20 horas
Bate-papo Entrelinhas, com Aline Bispo, com mediação de Natália Brescancini
Responsável pela identidade visual da biblioteca, Aline vai falar sobre a relação entre a sua arte e a literatura. Aline é reconhecida por suas ilustrações nos livros de Itamar Vieira, na coluna semanal de Djamila Ribeiro na Folha de São Paulo, e em diversos outros projetos, incluindo uma nova coleção de estampas para a marca TokStok.
Faz parte do time de artistas com obras expostas e/ou presentes nos acervos MASP, Instituto Moreira Salles (São Paulo), Pinacoteca de São Paulo, SESC, Museu Afro Brasil, Itaú Cultural, MAC-RS e Galeria Luis Maluf. Atualmente possui três empenas pintadas no Parque Minhocão, em São Paulo, sendo a primeira “Salve, Lélia!”, em uma homenagem a Lélia Gonzalez.
23 de fevereiro (domingo), das 13h30 às 14h30
Intervenção – ESTER, com Odília Nunes
Uma boneca pequenina realiza em sua caixa-teatro-realejo uma cena em que planta uma flor e faz chover. Ela deseja trocar afagos. Diminuindo distâncias, esta boneca miúda distribui cafunés.
Biblioteca
Grátis – Sem retirada de ingressos
25 de fevereiro (terça-feira), às 17h30
Bate-papo – Bibliotecas diversas, com mediação da jornalista Flávia Saad, do Juicy Santos
Um espaço de conversa entre as bibliotecas do município e região sobre seus acervos, propostas e públicos diversos, apresentando um panorama local desses aparelhos culturais e integrando a biblioteca do Sesc a essa rede.
25 de fevereiro (terça-feira), às 20 horas
Bate-papo Entre Palavras e Lutas: a literatura de Natasha Felix e Evandro Cruz Silva
Autores da Baixada Santista, cujas obras dialogam sobre os mecanismos racistas enraizados na sociedade brasileira, revelam o poder da literatura como ferramenta de denúncia, resistência e conscientização. A conversa será mediada pelo sociólogo Danilo Nascimento.
Ambos são gratuitos e sem retirada prévia de ingressos.
