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15 projetos inovadores da Baixada Santista premiados no Circuito LABxS

Aqui no Juicy Santos, não escondemos de ninguém que somos entusiastas de projetos inovadores e que ajudem a transformar a nossa realidade aqui na região.

Por isso, adoramos noticiar iniciativas como o Circuito LABxS, que distribuiu bolsas para ideias selecionadas por chamada pública. O que elas precisavam ter? Soluções criativas e uma proposta de compartilhamento de conhecimentos na Baixada Santista. Nós falamos sobre isso aqui – e talvez alguma dessas ações premiadas até tenha se inscrito pra participar depois de ter lido nossa matéria (seria incrível!).

Mais de 120 propostas chegaram ao Instituto Pro Comum para a seleção do júri externo.

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Circuito LABxS

Enfim, agora que o Circuito LABxS chegou ao fim, é hora de saber como esses 15 projetos se desenvolveram durante os dois meses de incubação no encerramento do programa em uma cerimônia que acontece nesta quinta-feira (14 de junho), às 18h30, no Teatro Guarany.

As proposições vão desde um encontro de culturas caiçara até a prototipagem de um sistema de alerta contra enchentes; da implementação de uma agrofloresta na aldeia Paranapuã à oficina de cinema de guerrilha para mulheres; oficinas; rodas de conversa; festivais de arte e cultura e muito mais.

“Os 15 projetos mostraram que a inovação cidadã torna-se uma ferramenta de inclusão e promoção dos bens comuns quando surge de demandas urgentes da sociedade. É poderoso e inspirador perceber que grupos historicamente marginalizados e excluídos podem criar projetos inovadores e criativos que melhoram e transformam a vida das pessoas”, diz Marina Pereira, produtora do Instituto Procomum e coordenadora do Circuito LABxS 2018.

Veja os projetos que estão mudando a Baixada Santista

1. Mulheres na ciência – o redescobrir, o aprender e o despertar da mulher para a computação

Desenvolver oficinas gratuitas voltada às alunas do Ensino Médio de escolas públicas para difundir o papel da mulher na história da programação computacional e agregar conhecimentos de programas em software livre visando o aumento da participação feminina nessa área do conhecimento.

2. Vivências interseccionais: LGBT e negritude!

O Marsha Johnson é um coletivo LGBT com recorte étnico, de gênero e de classe; horizontal; autogestionado; sem fins lucrativos e apartidário.

A roda de conversa “ vivências interseccionais: LGBT e negritude” vem na intenção de trazer à luz assuntos e demandas com mais urgência dentro do nicho LGBT, que infelizmente, mesmo nos dias atuais ainda é representado majoritariamente por homens cis e brancos em muitos espaços.

Queremos criar um espaço onde mulheres e pessoas negras LGBT+ dentro de uma concepção de classe se sintam confortáveis e tenham suas vozes ouvidas, onde possam compartilhar experiências e criar uma rede de apoio mútua, para juntos nos fortalecer e nos articularmos em prol de nossas demandas e discutirmos sobre políticas públicas voltadas ao segmento na região da baixada santista.

Consideramos que pessoas negras LGBT+ (sobretudo mulheres) e pessoas trans, parcelas mais vulneráveis da população e que demandam mais destaque, mesmo em espaços LGBT, onde não estão livres do racismo institucional, do machismo e da transfobia, o que faz o debate sobre o assunto imprescindível.

3. Pixerum – Intercâmbio entre comunidades tradicionais caiçaras

Pixerum é uma ação de intercâmbio entre comunidades tradicionais caiçaras e seus remanescentes, a fim de aproximá-las, potencializando suas relações sociais e possibilitando a troca de saberes e fazeres entre essas comunidades espalhadas pelo Brasil.

Esta iniciativa busca estimular o protagonismo social caiçara mediante as demandas comuns existentes, bem como fomentar a geração de renda através da economia criativa e do turismo de base comunitária. Além de trabalhar a autoestima e identidade destas comunidades.

4. Conversas e histórias da cultura surda

O gRUPO êBA! realizará uma oficina de sensibilização à cultura surda, com uma artista e contadora de histórias surda de Santos, afim de promover a representatividade desses sujeitos e trocar experiências linguísticas.

Após a conversa, regada de brincadeiras,convidaremos a todos a mergulharem num mundo de sonhos, através da Narração de histórias em Português e LIBRAS do livro Pé de Sonho, feito de corpo, letras, papel e mãos. Sim, mãos porque o livro contém um DVD com a história gravada em LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais. Assim, tanto surdos como ouvintes podem entrar nesta brincadeira.

5. Agrofloresta na Aldeia

A aldeia indígena Guarani Mbya Tekoá Paranapuã encontra-se dentro de um contexto em que as condições para sua sobrevivência física e cultural tornam-se sua principal causa de resiliência e resistência. Paranapuã fica em São Vicente, em meio a uma grande região metropolitana, e trata-se de uma terra não demarcada pelo governo federal e inserida em uma Unidade de Conservação, desse modo, direitos indígenas, como a educação popular e acesso à saúde são precarizados, desencadeando diversos conflitos socioambientais.

Nossa proposta surge como uma demanda dos moradores da aldeia: a construção de uma horta orgânica e respeitando a dieta cultural, como forma de garantir uma alimentação adequada e saudável. Assim, nossa metodologia implica em unir o conhecimento tradicional sobre a agricultura e os conceitos de agroecologia, aplicados sobre o desenvolvimento de um Sistema Agroflorestal de Mata Atlântica como forma de garantir a soberania alimentar da comunidade.

6. Foi Vovó quem Falou – Edição Negras Raízes

Pretende tornar visível pessoas e famílias afrodescendentes que fazem parte da história da cidade de Cubatão, aliando o produto da entrevista realizada, à homenagem aos mesmos, em programação cultural pautada nas culturas de matriz africana, oficinas e feira afro e criativa.

7. 1° Festival de Arte Preta do Portal Umoja

O 1° Festival de Arte Preta do Portal Umoja tem como objetivo fomento à produção artística feminina e afrocentrada na região da Baixada Santista. Realizaremos uma espécie de intercâmbio cultural entre jovens negras da região e jovens negras da grande São Paulo.

Acreditamos que esse encontro seja necessário para expandir e criar novos horizontes artísticos. Pretendemos por meio de atividades, oficinas, rodas de conversa e exposições, criar um espaço propício para o fortalecimento da identidade da mulher negra nas artes.

8. Puff Di Rua

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Há algum tempo o Di rua promove de uma forma sutil a valorização dos catadores, usando suas artimanhas no andar pelas ruas nós os capacitamos para identificar e selecionar madeiras que usamos na fabricação das peças no Di rua Moveis Sustentáveis, e nesse processo remuneramos os catadores pelas madeiras que recolhem na rua, mas dessa vez queremos fazer mais.

Na ação, os catadores irão fazer todo recolhimento do material para uso na oficina e também serão os auxiliares na organização, promoção e execução da oficina.

9. Corpos, HIV e Espaço Público – a arte como ferramenta de informação

“Corpos, HIV e Espaço Público- a arte como ferramenta de informação” será uma sequência de atividades artísticas sobre HIV/Aids e suas intersecções identitárias, de gênero, étnico-raciais e de orientação sexuais.

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Serão apresentadas performances, roda de conversa sobre arte, HIV e ativismo, troca de vivências que abordem o vírus do HIV, corporeidades e suas intersecções, pensando a epidemia de Aids através de um viés social e estrutural. O grupo Slam dos Andradas encerrará a mostra convidando seus poetas a participarem das atividades realizando uma batalha de poesias inspiradas nas temáticas apresentadas.

10. Guerrilha Doc – Mulheres em (luz, câmera e) Ação

Oficina intensiva de audiovisual sem meias palavras, feito por mulheres e para mulheres para documentar o entorno de seus bairros e personagens de suas vidas sob perspectiva particular de cada olhar.

11. Meninas para frente

Vai proporcionar um dia de vivência para meninas, onde elas possam experimentar atividades que muitas vezes são estimuladas apenas para o sexo masculino. A partir de oficinas de skate, grafitti, defesa pessoal e imagem e identidade, a proposta é trabalhar a auto-estima e desestimular a competição, em um ambiente seguro, exclusivo para mulheres (cis ou trans). Além das oficinas, as meninas terão contato com arte, por meio de exposição de fotos e pinturas e shows de bandas femininas.

12. PLP Cubatão

O projeto consiste num curso gratuíto, exclusivamente para mulheres, sobre direitos e cidadania com enfoque na discriminação de gênero e raça. O objetivo é capacitar as mulheres para atuarem na defesa dos seus direitos, de sua família ou comunidade onde atuam, face a uma grave ameaça ou violência.

13. AMe no Circuito LABxS – Oficina de Autoconhecimento e Auto-Cuidado

A idéia tem como ponto de partida promover um encontro de mulheres e meninas a fim de lançar pistas para estudos em anatomia, autoconhecimento e auto cuidado. Com base nas vivências que teve ao longo do seu processo de formação em fisioterapia e, para além, o conhecimento de metodologias corporais diversas, Amanda Medeiros ~ AMe, pretende estimular o conhecimento das estruturas do corpo humano, seu funcionamento e a sua relação com a natureza.

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O encontro estimulará a troca de saberes ancestrais e novas formas de cuidar de si, do outro e do entorno. Na lua cheia de 28 e 29 de abril (sábado e domingo),das 15h às 18h na sede do Instituto Procomum, poderão se inscrever 20 mulheres de qualquer idade (menores somente acompanhada da mãe com inscrições individuais).

14. SMS-CHUVAS: Sistema Eletrônico Autônomo de Monitoramento Ambiental, Alerta e Notificação contra Chuvas Fortes, Alagamentos e Enchentes via SMS em tempo real

O Brasil é um dos países que mais sofre com os efeitos de fortes chuvas, tempestades e enchentes, afetando os grandes centros urbanos, sobretudo áreas periféricas mais carentes, onde a presença do poder público é ineficiente e em muitos casos inexistente.

15. Da Sola do Tênis ao Avião _ Todos inventos começaram com uma brincadeira

Para Einstein, “A imaginação é mais importante que o conhecimento”. Serão 2 oficinas, uma em cada turno. Para criar brinquedos em conjunto. Alunos de escola pública indicada pelo Procomum. Portanto, 5 crianças de manhã; 5 crianças a tarde. Cada encontro terá duração de 4 h/aula. Serão 7 encontros para elaboração e execução. No 8, apresentação dos Projetos/Resultados para o público.