Conrado Pouza, que faleceu aos 45 anos, cantou as nossas noites santistas
A cidade está um pouco mais triste agora que se calou uma das vozes mais queridas da noite de Santos. Conrado Pouza, que morreu no dia 19 de setembro de 2024 aos 45 anos, marcou a vida de muita gente por mais de 15 anos com suas apresentações cheias de suíngue e brasilidade. Nos finados bares Torto, Allegra ou Galeria ou mesmo no palco do Santos Jazz Festival, o artista era praticamente uma unanimidade reconhecida não só por seu talento, mas também pela gentileza e companheirismo.
Conrado não foi apenas um ativista pela música 013, mas também dividiu o palco com grandes nomes da MPB, como Nando Reis, Seu Jorge, Paula Lima e Mart’nália.
Leucemia crônica e apoio da comunidade
Em 2022, o anúncio de que Conrado estava com leucemia pegou a comunidade cultural da Baixada Santista de surpresa. Houve muitas mobilizações de amigos e fãs para ajudar no tratamento e doar sangue nos hospitais locais.
E, em 2024, chegou finalmente o transplante de medula óssea. Só que, internado na UTI da Casa de Saúde de Santos após o procedimento, contraiu COVID-19 e acabou falecendo.
Ainda em julho, noticiamos sua volta aos palcos no Teatro Guarany para celebrar a cura da doença. O show aconteceu na companhia do amigo Theo Cancello. No mesmo mês, Conrado subiu ao palco do Santos Jazz Festival para homenagear os 80 anos de um de seus grandes ídolos musicais, Chico Buarque. O evento lembrou o show que lotou o Arcos do Valongo no Instagram.
O adeus a Conrado Pouza
Vários músicos e pessoas envolvidas na cena cultural da Baixada Santista prestaram homenagens, como Lucas Degasperi, Nanne Bonny, Denise Covas, Milena Zimbres e Fernanda Salles, entre muitos outros, além de espaços que foram a “casa” de Conrado, como o Quintal da Veia.
Uma das mais emocionantes foi a da também cantora Monna, ex-esposa do cantor e ator.
A despedida de Conrado ocupou até o noticiário nacional, com matéria em O Globo.
Aqui no Juicy Santos, ficamos muito sensibilizadas com a perda de alguém que representou tudo o que queremos para nossa cultura – alegria, bom humor, amor, contestação e companheirismo – e ainda fez a trilha sonora das nossas vidas na cidade.