Casa da Santisticidade, um novo lar para registrar e valorizar a cultura santista
Uma cidade viva e interessante começa pela preservação da memória e da sua cultura. Sua gente, sua arte, seus documentos. Por isso, é uma alegria enorme noticiar a Casa da Santisticidade. Um dos casarões mais belos do Centro Histórico de Santos vai virar um novo espaço cultural que deve abrir no mês de março de 2024.
O imóvel centenário da Rua Sete de Setembro (Vila Nova) terá como objetivo cultivar, a partir da literatura, todos os tipos de arte desenvolvidos em Santos.
Ou seja, é mais um passo rumo à reocupação do Centro de forma a envolver a população e manter viva a nossa história.
O que é a Casa da Santisticidade?
A Casa da Santisticidade contará com salas para exposições, cursos, oficinas, debates, apresentações artísticas e outros eventos culturais. Também haverá um acervo bibliográfico e documental sobre a cultura santista.
Segundo o poeta, o nome ‘Santisticidade’ tem origem numa referência ao modo característico de o que é ser santista.
“Daqui a 10 anos, Santos completa 500 anos de civilização, então, é mais do que justo que, nos moldes das casas de cultura europeias e mesmo brasileiras, nós tenhamos uma casa que fale sobre a alma do santista, sobre as lutas dos operários santistas, sobre todas as artes que foram gestadas em Santos, sobre o espírito santista englobado nesse conceito da santisticidade, do jeito santista de ser”, explica o curador da casa e poeta, Flávio Viegas Amoreira.
Na abertura, está prevista uma exposição em homenagem ao centenário de morte do poeta santista Vicente de Carvalho (1866-1924).
Ela ficará sob administração da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams).
“A ideia do espaço é ser multicultural, multifatorial, multifuncional e multidisciplinar”, explicou o curador. “É bem diferente da concepção de um museu, pois é uma casa de cultura ativa com atividades lastreadas na literatura, mas com abertura para atividades socioeducativas, oficinas, atividades lúdicas, artísticas, saraus, tudo que integre, principalmente, a comunidade do entorno do Paquetá e Vila Nova”, completa.
O imóvel, construído em 1900 pela então Companhia Docas de Santos, tem nível de proteção 1. Portanto, nada pode ser modificado.
Além de 21 cômodos em dois pisos, conta ainda com amplo jardim, pomar, fonte com chafariz e edícula.
Fotos: Carlos Nogueira/PMS
“Este é mais um espaço para a valorização da cultura santista, que parte da literatura, mas agrega todas as artes”, disse o prefeito Rogério Santos. “Teremos também cursos que vão beneficiar a comunidade da região central”, completou.