15 atividades imperdíveis no Festival de Aprender do Sesc Santos
Quando olhar para o chão da Baixada Santista, pense em um convite para entender de onde viemos e para onde vamos. É exatamente esse o espírito do Festival de Aprender – FestA!, que ocupa o Sesc Santos entre os dias 4 e 13 de julho de 2025 com uma programação intensa. São 15 atividades, entre oficinas, bate-papos, vivências e intervenções gratuitas ou com valores acessíveis.
Entre os temas, está a relação direta e curiosa com os sambaquis, essas grandes estruturas de conchas e resíduos deixados por povos ancestrais, tão presentes na história da região.
Aprender explorando a história da Baixada Santista
Durante esses dez dias, a edição 2025 do FestA! faz uma parada especial na Baixada para discutir “Sob Nossos Pés: A Baixada Santista como foi, é e será”. Uma pauta que, além de celebrar as raízes, propõe muito aprendizado prático e mergulhos arqueológicos em experiências pensadas para públicos de todas as idades, de crianças pequenas aos adultos mais curiosos.
Falar em sambaquis é, na verdade, falar de ciência, cultura e muita história acumulada sob nossos pés. De acordo com estudos arqueológicos publicados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas (INPA), os sambaquis do litoral paulista compõem um dos patrimônios arqueológicos mais importantes do Brasil. Essas formações têm ajudado pesquisadores e a população local a entender modos de vida, alimentação, costumes e até laços sociais dos antigos povos que habitavam a costa há milhares de anos.
Além disso, a UNESCO alertou recentemente para a relevância de preservar sítios arqueológicos como os sambaquis, ressaltando que a valorização dessas estruturas é fundamental para resgatar a identidade local e fomentar o respeito ao patrimônio histórico.
Oficinas e memória coletiva
A programação do Festival de Aprender – FestA! 2025 está cheia de atividades envolvendo técnicas ancestrais e modernas, mostra de filmes sobre arqueologia e até vivências de escavação simulada. É uma chance especial de saber, por exemplo, como era possível construir com taipa (técnica de terra compactada), criar “mini sambaquis” em terrários ou experimentar arte rupestre usando pigmentos naturais de alimentos.
Entre os destaques, estão as visitas guiadas a sambaquis de Santos, oportunidade única para ver de perto o que só aparece nos livros de história. Tem também oficinas de acessórios arqueológicos feitos a partir de conchas (como nossos ancestrais faziam) e encontros com especialistas para debater tanto a preservação dessas estruturas quanto o papel que ciência e tecnologia desempenham hoje na coleta e identificação de vestígios.
A proposta do Festival de Aprender – FestA é colocar todo mundo para tocar, experimentar, modelar, debater e imaginar, seja recriando fósseis com resina ou chegando perto do trabalho de arqueologia forense em um exercício prático. Com atividades pensadas para quem tem 5 anos ou 50, o festival revela que a aprendizagem acontece quando a curiosidade encontra oportunidade, sem se restringir a uma sala de aula.
Para fazer a inscrição nos cursos pagos, acesse o site do FestA!.
O Sesc Santos fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida. O contato da unidade é e (13) 3278-9800.
Veja a programação do Festival de Aprender do Sesc Santos
4 de julho – Sexta-feira
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SAMBAQUIS: MEMÓRIA ARQUEOLÓGICA E PATRIMÔNIO CULTURAL
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Data e horário: Sexta-feira, 4 de julho, 19h30 às 21h30
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Local: Convivência
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Sinopse: Especialistas em arqueologia, história e zoologia discutem a importância dos sambaquis como patrimônio cultural e científico e abordam as suas pesquisas sobre as sociedades que os construíram e os desafios para a sua preservação.
5 de julho – Sábado
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TAIPA ANCESTRAL
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Data e horário: Sábado, 5 de julho, 11h às 13h30 e 15h às 17h30
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Local: Convivência
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Sinopse: Explore a técnica da taipa erguendo camadas de terra compactada para construção de estruturas sustentáveis inspirada nos sambaquis.
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VESTÍGIOS
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Data e horário: Sábado, 5 de julho, 20h
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Local: Auditório
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Sinopse: Vestígios tem como ponto de partida os aspectos monumentais dos sambaquis. É uma tentativa de tornar o invisível sensível, ou seja, tornar perceptíveis os aspectos simbólicos e sagrados dos sambaquis que foram perdidos no tempo.
6 de julho – Domingo
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OFICINA DE TERRÁRIOS: MEU PEQUENO SAMBAQUI
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Data e horário: Domingo, 6 de julho, 11h às 14h e 15h30 às 17h30
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Local: Convivência
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Sinopse: Aprenda a história e técnicas dos terrários criando seu próprio ecossistema com um mini sambaqui.
8 de julho – Terça-feira
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PINTURA DE CAVERNA
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Data e horário: Terça-feira, 8 de julho, 10h30 às 11h30, 12h às 13h e 13h30 às 14h30
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Local: Sala 2
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Sinopse: A atividade acontece em um ambiente imersivo que combina luzes e sombras, sons da natureza e texturas inspiradas nas cavernas. Bebês e suas famílias exploram a pintura com tintas naturais feitas a partir de alimentos.
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A IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS DESAPARECIDAS E O PAPEL DA ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA
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Data e horário: Terça-feira, 8 de julho, 11h às 13h30 e 15h às 17h30
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Local: Espaço de Tecnologias e Artes
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Sinopse: A antropologia e a arqueologia forense são áreas que combinam conhecimentos científicos e investigações criminais para identificar pessoas desconhecidas ou desaparecidas. Os participantes terão a oportunidade de entender como funciona essa disciplina e experimentar um exercício prático de simulação.
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TAIPA ANCESTRAL (Intervenção)
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Data e horário: Terça-feira, 8 de julho, 13h às 21h (continua até quinta-feira)
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Local: Convivência
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Sinopse: A intervenção é construída com taipa de pilão, técnica ancestral de baixo impacto ambiental, feita com terra crua compactada e que revela camadas visíveis de diferentes cores. A obra é criada ao vivo, com participação do público, evocando as camadas de terra que guardam vestígios da nossa história.
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A HISTÓRIA QUE AS PARTÍCULAS NOS CONTAM
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Data e horário: Terça-feira, 8 de julho, 19h30 às 21h30
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Local: Convivência
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Sinopse: A única certeza que temos é que as coisas estão em constante transformação. A ideia fundamental dos atomistas forma a base para diversos métodos de datação, incluindo por isótopo 14 do carbono. Uma conversa sobre decaimento radioativo e outros conceitos da Física e Química, aberta a todas as pessoas.
9 de julho – Quarta-feira
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GRAFISMOS DO COTIDIANO: PIGMENTOS NATURAIS E ARTE RUPESTRE
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Data e horário: Quarta-feira, 9 de julho, 11h às 13h30 (continua na quinta-feira)
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Local: Convivência
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Sinopse: A oficina propõe a criação de carimbos e o uso de tintas naturais para representar momentos do cotidiano dos participantes, a partir da inspiração na arte rupestre.
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FÓSSEIS DE RESINA: CRIANDO ÂMBAR ARTIFICIAL
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Data e horário: Quarta-feira, 9 de julho, 15h às 17h30 (continua na quinta-feira)
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Local: Convivência
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Sinopse: Serão exploradas técnicas de moldagem e inclusão de elementos naturais, resultando em peças translúcidas e únicas, que imitam a beleza e o mistério dos fósseis de âmbar.
10 de julho – Quinta-feira
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GRAFISMOS DO COTIDIANO: PIGMENTOS NATURAIS E ARTE RUPESTRE (continuação)
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Data e horário: Quinta-feira, 10 de julho, 11h às 13h30
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Local: Convivência
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Sinopse: A oficina propõe a criação de carimbos e o uso de tintas naturais para representar momentos do cotidiano dos participantes, a partir da inspiração na arte rupestre.
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FÓSSEIS DE RESINA: CRIANDO ÂMBAR ARTIFICIAL (continuação)
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Data e horário: Quinta-feira, 10 de julho, 15h às 17h30
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Local: Convivência
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Sinopse: Serão exploradas técnicas de moldagem e inclusão de elementos naturais, resultando em peças translúcidas e únicas, que imitam a beleza e o mistério dos fósseis de âmbar.
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VESTÍGIOS DO MAR: CRIANDO ACESSÓRIOS ARQUEOLÓGICOS
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Data e horário: Quinta-feira, 10 de julho, 18h às 21h
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Local: Convivência
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Sinopse: Conheça das técnicas artesanais inspiradas nos adornos encontrados em algumas pesquisas arqueológicas dos sambaquis. A partir do manuseio de conchas, aprenda os processos de perfuração, polimento e montagem para criar acessórios como colares e pulseiras, refletindo sobre a conexão entre arqueologia e cultura material.
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GRAFISMOS RUPESTRES DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Data e horário: Quinta-feira, 10 de julho, 19h às 21h30
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Local: Sala 1
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Sinopse: Neste bate-papo, explora-se as pinturas rupestres do estado de São Paulo, analisando suas características, técnicas e significados. Através de estudos gráficos e ruínas, é possível investigar como esses registros ancestrais revelam aspectos culturais, simbólicos e rituais das sociedades que os produziram.
11 de julho – Sexta-feira
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VISITA GUIADA AOS SAMBAQUIS DE SANTOS
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Data e horário: Sexta-feira, 11 de julho, 7h15 às 12h e 12h15 às 16h30
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Local: Ponto de encontro: Em frente a Alfândega de Santos
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Sinopse: Descubra os vestígios das antigas ocupações humanas na região e conheça a história dos povos sambaquieiros! Nesta visita guiada, especialistas apresentam essas construções feitas ao longo de milhares de anos, explorando seus modos de vida, suas práticas culturais e a relação com o meio ambiente.
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ZOÓLITOS CERÂMICOS
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Data e horário: Sexta-feira, 11 de julho, 11h às 13h30 e 14h30 às 17h
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Local: Convivência
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Sinopse: Inspirados nas diferentes representações zoomorfas encontradas na arqueologia, os participantes recriam zoólitos utilizando massa de modelar de secagem ao ar, também conhecida como cerâmica fria.
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MEMÓRIA NA PEDRA, MEMÓRIA NA NUVEM
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Data e horário: Sexta-feira, 11 de julho, 19h às 21h
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Local: Espaço de Tecnologias e Artes
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Sinopse: Uma conversa sobre a importância científica e cultural dos zoólitos, e as novas tecnologias de digitalização e escaneamento 3D aplicadas à preservação de peças de museus.
12 de julho – Sábado
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SIMULAÇÃO ESCAVAÇÃO ARQUEOLÓGICA
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Data e horário: Sábado, 12 de julho, 11h, 12h30, 15h, 16h30, 18h (continua no domingo)
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Local: Convivência
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Sinopse: Que segredos estão escondidos sob a areia? Nesta oficina prática, os participantes poderão vivenciar o trabalho de um arqueólogo em uma escavação simulada.
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ARQUEOLOGIA DA REPRESSÃO: INVESTIGANDO OS VESTÍGIOS DO DOI-CODI
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Data e horário: Sábado, 12 de julho, 19h às 22h
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Local: Auditório
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Sinopse: Exibição do filme “Torre das Donzelas” (dir.: Susanna Lira. Brasil. 97 min. 2018), seguida de bate-papo sobre o papel da arqueologia na investigação e preservação de lugares de memória, com foco no edifício do DOI-CODI, em São Paulo, um dos principais centros de repressão da Ditadura Civil-Militar.
13 de julho – Domingo
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SIMULAÇÃO ESCAVAÇÃO ARQUEOLÓGICA (continuação)
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Data e horário: Domingo, 13 de julho, 11h, 12h30, 15h, 16h30, 18h
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Local: Convivência
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Sinopse: Que segredos estão escondidos sob a areia? Nesta oficina prática, os participantes poderão vivenciar o trabalho de um arqueólogo em uma escavação simulada.