Texto porLuiz Gomes Otero
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KT Tunstall entra de cabeça no pop rock

Até estourar nas rádios na metade dos anos 2000 com o hit Suddenly I See, a cantora britânica KT Tunstall era vista como uma artista mais ligada ao universo indie, ou como gostam de referir alguns, ao cenário mais alternativo da música.

Mas, ao que parece, ela quer deixar esse legado para trás e entrar de cabeça no universo mais pop, sem fugir da sua essência do rock e de suas raízes musicais.

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Seu mais recente disco, intitulado KIN, traz um punhado de canções, entre baladas e o rock mais ritmado, com bom potencial para tocar nas rádios.

Apesar de ser algo com tom mais comercial, KIN é um álbum que convence o ouvinte.

Desde o pop rock simples e eficaz de Hard Girl (a minha faixa preferida, desde a primeira audição), passando pelo som mais pesado e bem construído de Evil Eye até o pop mais açucarado com sabor de anos 80 de Maybe It’s A Good Thing, KT mostra competência e firmeza como intérprete e como compositora, trazendo canções interessantes em um universo em que a repetição de fórmulas desgastadas é frequente.

O disco tem ainda outros momentos interessantes, como as ótimas canções It Took Me So Long To Get Here But Here I Am, On My Star e Everything Has Its Shape, todas como vocal suave e tranquilo de KT dando o norte da sonoridade desse novo trabalho.

KIN é um disco que pode até surpreender quem esperava ouvir um trabalho mais alternativo.

Mas, no final das contas, vai acabar agradando a todos. E talvez esse seja o objetivo de KT nessa nova fase de sua carreira.