Espetáculo: Rei Lear em Santos

E se o mundo fosse drag? Nessa montagem, a dramaturgia shakespeariana se encontra com a vida da drag queen contemporânea, sem que nem uma nem outra se desfigurem. Lear, rei da Bretanha, decide dividir o reino entre as suas três filhas, Cordelia, Regan e Goneril. Porém, Cordelia se recusa a participar do ritual de passagem da coroa, e o rei, furioso, a condena ao exílio. O exílio de Cordelia põe em marcha a completa desagregação do reino. Sem coroa, traído pelas filhas e vendo seu reino à beira da guerra, Lear afunda em uma espiral de loucura.

A Extemporânea é um grupo teatral com 9 anos de atuação na cidade de São Paulo. Realizou entre 2015 e 2020 as peças Fauna fácil de bestas simples (2015), A demência dos touros (2017, direção de Ines Bushatsky, dramaturgismo de Dodi Leal) e Roda morta – uma farsa psicótica (2018, direção de Clayton Mariano), todos com textos do dramaturgo João Mostazo. Esta última, adaptada para o cinema, deu origem ao primeiro longa-metragem com realização e produção da companhia, Rompecabezas (2020, realização de Dellani Lima e João Mostazo), que estreou no 15o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, em dezembro de 2020. Além do longa, a companhia realizou em 2020 o curta-metragem Falso Filme, que estreou na “Mostra de Cinemas Possíveis” de 2021. Em julho de 2021, a cia. estreou o espetáculo B de Beatriz Silveira e, em junho de 2022, O mistério cinematográfico de Sendras Berloni (ambos com direção de Ines Bushatsky, criados junto ao núcleo F de Falso, projeto artístico-pedagógico da cia. voltado à criação de montagens inéditas). Em novembro de 2022, estreou no Sesc Ipiranga o espetáculo Dr. Anti (texto de João Mostazo, direção de Ines Bushatsky e João Mostazo). Em 2023 realizou as peças A gente te liga, Laura em abril e em julho Rei Lear, que estreou no Teatro Anchieta do Sesc Consolação.