Gaydar: Isso não é feitiçaria, é tecnologia!
Diz a lenda que um gay é capaz de identificar outro a quilômetros de distância. Eu nem acho que é lenda, é a mais pura verdade! Porque afinal de contas, um olhar é capaz de revelar muita coisa, não é minha gente?
Para isso basta seguir seu “gaydar”; expressão que costuma ser usada para identificar a capacidade de uma pessoa em apontar se outra é ou não homossexual.
Evidentemente o “gaydar” não tem nada de científico! Ele se baseia apenas em impressões. Mas posso afirmar aqui que o meu funciona com uma margem de acerto absurda. Mesmo antes de tanta tecnologia a nossa disposição eu já identificava gays assumidos ou não; e todo gay tem essa capacidade. Estou mentindo? Claro que não!
Nos últimos anos uma onda de aplicativos para iPhone, iPad e iPod touch e Android passou a oferecer acesso a redes sociais gays usando a ferramenta que faltava para o gaydar definitivo: o GPS. Mas como o sistema de geoposicionamento via satélite ajuda a localizar os gays?
Para baixá-los você precisa de uma conta na Apple Store ou Google Play.
Você faz um cadastro na rede social escolhida. A rede exibe as informações básicas de cada usuário, com nome, foto, idade, medidas e uma breve descrição pessoal. Seu celular passa a fornecer os dados sobre sua localização, em tempo real, para outros membros da rede. A informação é obtida pelo GPS do celular e fica disponível para todos os usuários. Se você preferir, pode ocultar sua localização e receber mensagens apenas quando estiver online. Fica a gosto do freguês!
Os dispositivos normalmente enviam um sinal sonoro que serve para avisar que chegou uma mensagem. Pronto bee, você pode começar a conversar ou não, com a pessoa e se rolar, marcar um encontro!
É claro que nem todo encontro que começa com apito no celular precisa ir até as últimas consequências. Algumas amizades também podem surgir. Os perfis são organizados a partir da pessoa que está mais perto até o mais distante.
Vamos conhecer as opções?
O Purpll permite entrar em salas com temas específicos, como “jovens” e “travestis”. O Qrushr tem uma versão só para lésbicas – mas ainda não bombou, as lésbicas são mais avessas a esse tipo “agilidade”.
Os aplicativos podem ser baixados gratuitamente, mas alguns têm versões pagas. O de maior sucesso é o Grindr, que também possue sua versão para BlackBerry. Unanimidade entre os gays, ele foi lançado em março de 2009 e baixado por 1,3 milhão de pessoas em 180 países, incluindo Albânia, Quirguistão, Cuba e até o Irã, onde, segundo o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, não existem gays. Nos Estados Unidos, recordista em usuários, eles já são mais de 600 mil. Esses dados são do ano de 2011, imagina na Copa…
No Brasil o alcance ainda é pequeno: “Ele é ótimo porque você pode ir para qualquer grande cidade do mundo e encontrar gays locais sem dificuldade”, diz Joel Sim Khai, criador do aplicativo. “Todas as pessoas têm conexões perdidas, como o cara que vive em seu prédio e você nunca conheceu.” É aí que os gaydares como o Grindr encurtam o caminho.
Tem também o Scruff onde você localiza gays do mundo todo e os mais próximos a você. O Growrl que é uma versão para a comunidade Ursina e também localiza pessoas no exterior e mais próximas a você. Recentemente descobri o 4bears mas pouca gente ainda utiliza aqui na Baixada.
O Purpll tem salas de bate papo e um micro blog, mas eu ainda não testei.
Baixando em 3,2,1… Depois eu prometo contar se rolar.
Sites como Disponível, Manhunt e Gaydar já tem suas versões de apps para mobiles e tablets em geral. O do Disponível e do Manhunt eu já testei e super funcionam. O Gaydar eu esqueci minha senha e ainda não me animei a fazer um novo cadastro então só conheço a versão para Desktop.
Aqui na Baixada os mais utilizados são Grindr, Scruff e o Growrl. Mas é engraçado porque praticamente são os mesmos usuários cadastrados nos três.
Cidade pequena e assim né Durante esse verão esses aplicativos devem bombar já que recebemos aqui na Baixada muita gente de fora. As festas de fim de ano já provaram que existe demanda.
O designer gráfico Betinho Neto é usuário de alguns desses aplicativos e afirma que a vantagem é simples: “Você encontra sexo rápido! Não serei hipócrita em dizer que não faço sexo casual por que faço. Não dói nada e tira rugas da pele. O bom desses aplicativos é que você pode encontrar pessoas onde estiver, no bar, em casa, na casa do amigo, só colocar o “Quem está perto” e ta lá, o cidadão a 100 metros de você e se rolar afinidades, vamos que vamos! Não sei por que as pessoas se espantam, usando camisinha que mal tem? É claro, você conhece pessoas legais que estão a fim de conversa ou de namoro, mas é como buscar agulha no palheiro”.
Por enquanto o público homossexual masculino domina os aplicativos. “Os homens são mais abertos a conhecer parceiros online e sempre foram os primeiros a abraçar as oportunidades que as novas tecnologias trazem na busca de relacionamentos”, diz Sim Khai.
O criador do Grindr afirma que uma versão para o público heterossexual está sendo desenvolvida. “Nosso desafio é disponibilizá-lo para todos os públicos: homens, mulheres, heterossexuais ou gays, em qualquer lugar do mundo”, afirma.
Mas não posso deixar de fazer a tia velha e dar aqueles conselhos (que ninguém segue), mas vou repetir aqui mesmo assim:
- Não haja por impulso e vá encontrar alguém antes de ter o mínimo de informações suficientes a respeito dessa pessoa.
- Marque encontros em locais públicos e SEMPRE avise alguém onde esta indo e se tiver, deixe o telefone da pessoa que vai encontrar.
- Sexo Seguro sempre né, fia?
Então podem começar a baixar seus aplicativos e divirtam-se!