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Praias da Baixada Santista: conheça esses 5 tesouros do litoral de SP

Seu verão vai ser lindo nesses rolês dignos de cartão postal

Tempo de leitura: 5 minutos

Cansou de Gonzaga, Pitangueiras e Enseada?. A região guarda cantinhos secretos que merecem entrar no seu radar de verão — e olha, alguns deles estão ali, pertinho, só esperando você descobrir.

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Vicente

Se você é do tipo que prefere fugir das multidões e descobrir lugares com mais personalidade, prepare as pernas (e o espírito aventureiro). Porque essas praias alternativas da Baixada Santista exigem um pouco mais de esforço, mas compensam com paisagens de tirar o fôlego e aquela paz que a gente tanto procura no litoral.

A vizinha esquecida

Começando pelo óbvio que não é tão óbvio assim, dizem por aí que Santos tem uma praia diferentona.

A Praia do Góes fica do outro lado da ponte do Ferry Boat e só é acessível de barco. Por isso mesmo, ela conserva um clima de vila de pescadores que parece congelado no tempo.

O mar é calmo, o ambiente é tranquilo e você ainda pode experimentar comida caseira feita pelos moradores locais. É aquele tipo de lugar onde o tempo passa mais devagar — e isso é maravilhoso. Para quem mora na correria da cidade grande, é quase uma terapia.

Piscina natural da Mata Atlântica

O Guarujá já tem fama de praias bonitas, mas a Praia do Sangava consegue ser especial até para os padrões locais. Essa é uma daquelas realmente escondidas entre pedras e cercada por vegetação nativa, ela forma uma verdadeira piscina natural de águas cristalinas.

O acesso é por trilha (cerca de 1h30 de caminhada) ou de barco. Depois do esforço, você é recompensado com um cenário perfeito para mergulho livre. É daqueles lugares que você tira foto e ninguém acredita que fica tão perto de São Paulo.

A praia com portaria VIP

A Praia de Guaratuba fica dentro do Condomínio Costa do Sol, mas calma: é pública! Qualquer pessoa pode solicitar o acesso na portaria (só precisa deixar nome e placa do carro). Fica a cerca de 30 minutos do centro de Bertioga, na altura do km 198,5 da Rio-Santos.

O diferencial aqui é justamente o acesso controlado, que mantém a praia vazia mesmo em temporada. É ideal para quem quer sossego sem precisar encarar trilhas radicais.

Ilha isolada

Se você quer mesmo se desconectar do mundo, a Praia do Arpoador é praticamente uma ilha isolada. O acesso só rola por trilha guiada ou de barco, e a praia fica deserta boa parte do ano. Não tem comércio, não tem ambulante, não tem Wi-Fi (provavelmente).

É o destino perfeito para passar o dia inteiro curtindo a natureza sem interrupções. Leva lanche, protetor solar e deixa o celular no modo avião.

Ah, e vale avisar os parentes que você vai sumir por algumas horas, porque lá o sinal de celular faz greve mesmo.

O paraíso atrás do morro

Em primeiro lugar, faço uma menção honrosa para São Vicente, que além de ser a cidade mais antiga, ainda guarda uma das melhores praias da Baixada Santista.

A Praia de Itaquitanduva fica dentro do Parque Estadual Xixová-Japuí e você só consegue acessá-la por trilha. Por conta disso, ela permanece longe do radar da maioria dos turistas — e, aqui entre nós, essa não é uma reclamação.

Portanto, Itaquitanduva é o tipo de lugar onde você consegue ouvir o barulho das próprias ondas, a areia é fofinha, a água do mar é limpa e refrescante, e o visual é de cartão-postal.

Como chegar: (spoiler: vai suar um pouco)

Para acessar Itaquitanduva, você tem duas trilhas disponíveis: a dos Surfistas e a do Curtume. Em primeiro lugar, a dos Surfistas é a mais popular e considerada de nível moderado. Assim, você fará um percurso que leva cerca de 30 minutos, passando por trechos de Mata Atlântica que, aliás, já valem o passeio.

Em seguida, você encontrará a entrada da Trilha dos Surfistas no final da Rua Antônio Luís Barreiros (Rua 10), no Bairro Japuí, onde há uma base de controle do parque. Além disso, o acesso é gratuito e você apenas precisa assinar o livro de registro de visitantes. Simples assim.

Finalmente, uma observação importante: a trilha é bem sinalizada, mas você deve evitar ir em dias de chuva porque o terreno fica escorregadio. Por último, não se esqueça de voltar antes de escurecer – trilha no escuro não é exatamente a aventura que você quer viver.

Dicas práticas

Inicialmente, é bom saber que algumas dessas praias exigem preparo físico moderado devido às trilhas. Portanto, prepare-se adequadamente: leve água, lanche, protetor solar e repelente. Além disso, o ideal é ir com alguém que já conheça o caminho ou, então, contratar um guia local — afinal de contas, não queremos virar protagonistas de história de resgate, né?

No que diz respeito à preservação, respeite a natureza: carregue seu lixo de volta, não alimente animais silvestres e evite fazer barulho excessivo. Isso porque esses lugares continuam bonitos justamente porque são preservados.

Por fim, e não menos importante, não se esqueça de que, antes de ir, você deve verificar as condições climáticas e o horário das marés. Em outras palavras, algumas praias ficam inacessíveis ou perigosas dependendo do tempo.

Vitor Fagundes
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