Steven Wilson na trilha do rock progressivo
Integrante da banda Porcupine Tree, Steven Wilson desenvolve uma produtiva carreira solo em paralelo ao trabalho com o grupo, fundado nos anos 80.
Recentemente, o músico lançou o álbum 4 1/2, produzido na linha do rock progressivo, que reúne composições próprias e uma ótima releitura da canção Don´t Hate Me, originalmente lançada pelo Porcupine Tree.
O disco segue o estilo que estourou nos anos 70, muito embora Wilson tenha surgido na década seguinte, quando o prog rock já não estava tão em alta.
Uma aposta interessante, que ia contra o que se produzia em termos de rock e pop, mais condensada em hits de até três minutos ou em música de arena, em sua maioria.
As canções de 4 1/2 são densas e longas, com mais de cinco minutos, em média.
Tem três peças instrumentais climáticas – Year Of The Plague, Sunday Raisn Sets In e Vermillioncore – que poderiam tranquilamente servir de trilha de filme para o cinema.
Gostei muito de Year Of The Plague, que contém todos aqueles clichês manjados do progressivo, com introdução lenta e melodia que cresce de forma gradativa com o passar do tempo.
As composições cantadas mantém um padrão alto na produção de Steven Wilson.
Tem a energética My Book Of Regrets abrindo o disco, e segue para a ótima Happiness III, a minha preferida do disco, com arranjo que se alterna entre a balada e o andamento mais rápido. Há ainda a já citada releitura impecável de Don´t Hate Me. Me desculpem os puristas fãs da banda Porcupine Tree, mas esta versão ficou tão boa quanto a original.
Enfim, 4 1/2 é um disco acima da média, que confirma Steven Wilson como um dos grandes nomes do estilo progressivo.
https://youtu.be/CIuW1khSS1s