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Roberto Carlos, 80 anos em 7 canções

Roberto Carlos completa neste dia 19 de abril de 2021 80 anos.

Sim, aquele cara que veio lá de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, no final dos anos 1950, para se transformar no maior fenômeno popular da nossa música.

Não por acaso, ele acabou recebendo o título de rei da nossa MPB.

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Mas, ao invés de simplesmente escrever aqui sobre sua importância na música, vou apresentar uma pequena lista de canções que marcaram ao longo de sua carreira. Algumas delas bem conhecidas e outras, nem tanto. E já aviso que muitas clássicas ficarão de fora, pois é impossível condensar 60 anos de carreira em apenas 7 faixas.

O melhor de Roberto Carlos, 80 anos, em 7 canções

1. Eu Sou Terrível (1967)

Canção incluída na trilha sonora do seu primeiro filme feito para o cinema, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura. Uma de tantas parcerias dele com o tremendão Erasmo Carlos. Não vi o filme no cinema (era muito pequeno mesmo, acreditem). Mas a trilha sonora ouvi bastante na minha antiga vitrolinha. Uma canção bem no tal espírito da Jovem Guarda dos anos 60, com um arranjo matador de metais e um solo providencial de gaita. Sensacional.

2. Nem Mesmo Você

Composição de Helena dos Santos, que Roberto interpreta ainda no espírito rebelde e roqueiro da Jovem Guarda. Está no disco O Inimitável, de 1968.

O interessante é que muitos acreditam ser uma canção de autoria dele. Mas não devemos esquecer que o rei também é um ótimo interprete, um crooner por excelência, digamos assim.

3. Aceito Seu Coração

Canção do disco de 1969, uma balada romântica que muitos pensam ser de sua autoria, mas ele somente interpreta.

A canção é de um compositor chamado Francisco Leão Fraga, conhecido como Puruca, integrante do grupo Os Jovens nos anos 60. Mas o que me marcou muito foi a bela interpretação de Roberto, uma das melhores de todo seu repertório segundo os críticos.

4. As Curvas da Estradas de Santos

Também fruto da dupla com Erasmo, está no disco de 1969. É impossível um morador de Santos não se sentir representado quando Roberto fala em buscar o seu amor nas curvas da velha estrada de Santos. Um arranjo próximo da soul music norteamericana, que estava fazendo a cabeça do Rei naquela época. Momento antológico da música brasileira.

5. O Astronauta

Canção de Helena dos Santos e Edson Ribeiro, incluída no disco de 1970, quando Roberto deixava a Jovem Guarda para trás e tentava seguir novos rumos na sua música. A letra é genial. Fala sobre a saga de um astronauta que resolve sair da Terra cansado de ver o seu planeta cheio de guerras e violência. E, em tempos de pandemia, a mensagem da canção ainda é bem atual.

6. Todos Estão Surdos

Parceria de Roberto com Erasmo, pertence ao disco de 1971. Uma letra com forte influência religiosa e pacifista, que marcaria muitas composições. Mas esse arranjo próximo da soul music marcou também a transição da Jovem Guarda para a década seguinte. Outro momento clássico do Rei.

7. Emoções

Canção da fase mais recente do Rei, também com Erasmo, de 1981. A letra representa um dos momentos mais inspirados da dupla. E o arranjo orquestral da gravação original também ficou perfeito. Uma verdadeira obra-prima musical, que passa longe do sentimento piegas.

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