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Robert Cray mostra elo entre a soul music e o blues

Faz algum tempo que acompanho o trabalho de Robert Cray. Desde os discos do início de carreira, ele sempre apresentou o blues com um forte tempero da soul music.

E essa fórmula se repete de forma eficaz em seu mais recente disco, That’s What I Heard, com resultado acima da média.

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O álbum tem produção do experiente Steve Jordan. Ou seja, já começou ganhando o jogo no primeiro tempo.

Logo no início, escutamos um hit arrasa-quarteirão, intitulado Anything You Want. Um riff marcante e um vocal que mostra suas garras desde o início neste blues rock de primeira linha.

A faixa This Man começa com o baixo marcando a batida o tempo inteiro, para depois entrar em um longo e inspirado solo, no melhor espírito de uma jam session.

Em Promises You Can’t Keep, o veterano se aproxima mais do blues tradicional, enquanto que em A Little Less Lonely mostra uma canção com o sabor daquelas baladas dos anos 60 que escutávamos nas rádios e nas antigas vitrolas de discos de vinil.

A faixa Hot tem o mesmo tipo de sonoridade que nos acostumamos a ouvir de Robert Cray. Um riff marcante e um solo bem trabalhado em sua Fender Stratocaster.

Parece incrível que esse cara, que era fã dos Beatles nos anos 60 tenha conseguido entrar no espírito do blues para provar o elo que há entre esse estilo musical e a soul music.

E Cray acaba fazendo mais do que isso. Produziu álbuns que mais parecem joias raras com esse That’s What I Heard.

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