Texto porLuiz Gomes Otero

Por que ver o documentário sobre o Barão Vermeho na Netflix

O documentário Por Que A Gente é Assim, que narra a trajetória da banda Barão Vermelho entrou no catálogo da Netflix para o público neste mês de abril. E é uma ótima oportunidade para conhecer de perto como foi que se deu a relação entre os integrantes até chegar aos dias atuais, com a atual formação.

Barao Vermelho 1982

A produção trata da história de uma das bandas mais icônicas do rock nacional, precursora do movimento que mais tarde veio a tomar as rádios de assalto. O BRock, ou rock nacional 80, trouxe ao cenário musical, além do Barão, Blitz, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Lobão, Ultraje a Rigor entre tantas outras bandas.

Com direção de Mini Kerti, o filme reúne depoimentos dos músicos Frejat, Guto Goffi, Dé Palmeira, Maurício Barros, Sergio Serra, Peninha, Fernando Magalhães, Rodrigo Santos e Dadi Carvalho, nas diferentes formações da banda.

Imagens dos primeiros ensaios filmados em Super 8, do show no Teatro Ipanema em 1983 e os ensaios e shows no Circo Voador, emblemática arena carioca de shows, além de participações de programas de TV como Chacrinha e Raul Gil, complementam o documentário.

Barão Vermelho – Por que a gente é assim? 

O doc revela ainda momentos pouco conhecidos do grande público, sobre a amizade e parceria musical de Brow e Caju, ou melhor, Frejat e Cazuza, e o processo criativo dos músicos que resultou em emblemáticas músicas, verdadeiras preciosidades do rock nacional.

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Fala também da importância de Caetano Veloso e Ney Matogrosso para a consolidação do início da banda, além de revelar momentos difíceis, como os que resultaram na saída do vocalista da banda, sua doença e morte precoce.

Nos depoimentos, os músicos revelam alguns posicionamentos sobre os discos lançados. Guto, por exemplo, não fala com muita alegria sobre o período do álbum Puro Êxtase, quando passaram a experimentar recursos eletrônicos de estúdio. Maurício Barros já cita o álbum Rock’n Geral como um momento não muito positivo.

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Guru da banda desde o início, Ezequiel Neves, é saudado com irreverentes imagens e lembranças carinhosas. Há, ainda, entrevistas com os pais de Cazuza, Lucinha e João Araújo. Este último, na época, trabalhava como presidente da gravadora Som Livre.

A produção acertou em cheio ao escolher contar a trajetória do Barão Vermelho, porque ela faz parte de uma rica história do rock nacional e ainda permanece na ativa.

Como diz uma das icônicas letras do grupo: “Quem tem um sonho não dança”

Para os fãs de música brasileira e do rock dos anos 80, vale a pena colocar o documentário sobre o Barão Vermelho na Netflix na lista.