Paul McCartney: em busca da parceria ideal

Com morte de John Lennon em 1980, Paul McCartney passou a viver uma intensa busca por um novo parceiro musical. Na década anterior, ele praticamente “tocou o barco” sozinho nos Wings. Mas, ao que parece, a perda precoce e inesperada do amigo do tempo dos Beatles fez com que ele sentisse essa necessidade de encontrar um novo porto seguro da música.

Foi no álbum Tug Of War, de 1982, que ele viveu a primeira experiência de parceria, ao compor e gravar duas músicas com a lenda Stevie Wonder, um dos ícones da gravadora Motown e ídolo confesso de Paul.

O resultado foi o clássico anti-racismo Ebony And Ivory, que reinou absoluta nas rádios, além da faixa dançante “What’s That You’re Doing?”, que não chegou a ser tocada.

Foi uma pena que ambos não encontraram espaço nas respectivas agendas para que a parceria produzisse mais canções nesse nível.

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Logo depois, em 1983, viria a segunda parceria explosiva de McCartney com ninguém menos do que o Rei do Pop, Michael Jackson. Primeiro, Paul dividiu os vocais na divertida canção The Girl Is Mine, no álbum multiplatinado de Michael, Thriller.

Na sequência, os dois voltariam ao estúdio, desta vez, para gravar duas canções do álbum Pipes Of Peace: Say Say Say e The Man. Ambas as canções tocaram bastante das rádios do Brasil, sendo que a primeira teve um vídeo produzido com retoques de produção de Hollywood.

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No álbum Press To Play, de 1986, McCartney ensaiou uma nova parceria, desta vez com Eric Stewart, da banda 10 CC. Gravou um disco com algumas composições da dupla, que apesar de terem uma qualidade interessante, não emplacou nas rádios como os trabalhos anteriores.

Já em 1989, o álbum Flowers In The Dirt trouxe uma nova tentativa de parceria com Elvis Costello, que no disco aparece creditado como Declan Mac Manus. A dupla produziu o hit My Brave Face e mais as obscuras (e nem por isso menos interessantes) You Want Her Too, Don’t Be Careless Love e That Day Is Done. O ex-beatle também é co-autor e toca o baixo na gravação de Veronica, no disco Spike, de Elvis Costello, nessa mesma época.

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Nos anos seguintes, Paul seguiu a sua caminhada soltária na música. Até que, recentemente, ele apareceu de surpresa com os ex-integrantes do grupo Nirvana, Dave Ghrol e Krist Novoselic. Com eles, compôs e lançou a canção Cut Me Some Slack, que foi bastante elogiada pela crítica.

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A verdade é que Paul nunca precisou de um novo parceiro. Tanto ele como John Lennon já eram compositores formados, que conseguiam produzir canções incrivelmente belas de forma isolada. Porém, todas as parcerias que ele fez ao longo dos anos 80 até os dias atuais foram excelentes experiências, que só produziram coisas boas.