Texto porLuiz Gomes Otero

Os 50 anos do Led Zeppelin

Há 50 anos, o rock vivia um momento de transição.

Com o final dos anos 60, muitas bandas começavam a investir em um som mais pesado, sem deixar de lado as suas raízes musicais.

E, na Inglaterra, celeiro de grandes bandas naquela década, o Led Zeppelin lançava o seu primeiro álbum. Começava uma viagem sem volta para se transformar em um dos mitos desse estilo musical.

Relembrando a história nos 50 anos do Led Zeppelin

A origem do Led Zeppelin veio da banda Yardbirds.

Jimmy Page foi o terceiro guitarrista que integrou a banda, que teve ainda Eric Clapton e Jeff Beck em outras formações anteriores.

Com a dissolução do grupo, Page acabou tentando seguir em frente, reformulando o nome para The New Yardbirds. Mas logo desistiu da ideia e preferiu dar um novo nome para o grupo que surgia. Chegaram Robert Plant (vocal), John Paul Jones (baixo e teclados) e John Bonham (bateria).

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O primeiro disco do grupo trazia uma sonoridade com forte influência do blues, incluindo alguns covers.

Porém, já na faixa de abertura, Good Times Bad Times, mostrava a força de Bonham nos arranjos.

Os geniais riffs de Page eram sempre norteados pela batida forte e precisa do baterista, que até hoje é apontado como um dos maiores da história do rock.

Plant se revelou um grande vocalista e o baixista John Paul Jones um músico competente que completava a sonoridade ritmica da banda

Referências de blues

Há dois covers de blues: I Can’t Quit You Baby e You Shook Me. Ambos cantados de forma convincente por Plant.

Os arranjos mesclavam toques de psicodelia com o peso do hard rock. Há outros momentos brilhantes nas faixas Communication Breakdown, Baby I’m Gonna Leave You, Dazed And Confused e Your Time Is Gonna Come. Sendo que, nesta última, os teclados predominam na introdução antes da entrada firme e triunfal de Bonham.


Um fim repentino para o Led Zeppelin

Os álbuns seguintes confirmariam o Led Zeppelin como um dos ícones do chamado rock clássico.

Mas a trajetória da banda, cheia de percalços e problemas, acabou terminando de forma trágica em 1980, com a morte acidental e repentina de Bonham.

A sua importância era tanta que os demais integrantes decidiram dissolver o grupo, em respeito À memória do amigo. Só retornariam a tocar juntos em um palco em 1985, no Live Aid. E com o filho de Bonham, Jason. O herdeiro também tocaria com os três remanescentes em 2007, em um show antológico na Inglaterra.