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My Morning Jacket – Rock com sabor retrô

É incrível como as influências dos anos 70 se fazem presentes nas bandas atuais. Um dos casos mais recentes é a da banda My Morning Jacket, que mistura de forma inteligente elementos de folk, rock psicodélico e indie rock.

Seu disco mais recente, Circuital, é todo focado no passado. E não há nada de errado nisso. A principal influência do grupo é a The Band, que por anos acompanhou Bob Dylan e depois desenvolveu carreira em separado do mestre da folk music.

A faixa de abertura, Victory Dance, é cheia a de riffs climáticos, que lembram um pouco os Beatles. A canção seguinte, que dá nome ao disco, é outro bom momento, com elementos de rock progressivo nos vocais. The Day Is Coming, a terceira música, tem um arranjo que lembra as melodias das canções de John Lennon.

Sugestões para você

Wonderful (The Way I Feel) tem toques claros de The Band, mas sem pretensão de soar como plágio, enquanto que Outta My Sistem flerta de novo com os Beatles da fase psicodélica.

Holdin On To Black Metal é a canção mais rock´n roll do disco, que se reveza com First Light e seus riffs marcantes. Movin Away tem momentos singelos que lembram bandas como Badfinger.

O destaque vai para a performance de Jim James, cuja voz de tom etéreo soa agradável logo na primeira audição. O restante da banda funciona como um bom time de futebol, onde cada um faz a sua parte de forma competente e equilibrada.

Outro detalhe que chama a atenção é a quantidade de músicas. São apenas 10 faixas, como nos velhos tempos do disco de vinil. O que importa aqui, ao que parece, é a qualidade. E não a quantidade.

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Na prática, My Morning Jacket tem laços com a folk music e com rock progressivo. A produção é bem caprichada, com os músicos fazendo muito bem a lição de casa. E não é por acaso que esse CD já está sendo apontado por críticos como um dos melhores discos do ano.


Texto por Luiz Otero

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