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Eliana Cargnelutti: a Itália também tem blues

As mulheres vêm ocupando mais espaço no blues rock. Isso já é um fato consumado.

Já falamos aqui sobre a Samantha Fish e a Joanne Shaw Taylor, dois exemplos incríveis desse estilo musical.

Mas eis que me surpreendo com um talento feminino vindo da Itália arrebentando nesse estilo.

Eliana Cargnelutti tem um visual clean de top model, mas na verdade o que ela sabe fazer bem são os riffs poderosos na guitarra, inspirados por ícones como Steve Ray Vaughan, Johnny Winter e toda a nata do blues de Chicago dos anos 50/60, além de bandas dos anos 70.

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A banda de apoio conta com Jamie Little (bateria), Roger Inniss (baixo) e John Ginty (teclados).  E o disco foi masterizado por David Farrell, ganhador de Prêmio Grammy. Eletric Woman, o seu segundo CD,  traz canções bem no estilo blues rock, como Why Do I Sing The Blues (o título remete a um clássico de B.B. King, mas é outra composição), Freedom, Just For Me e Show Me, todas com riffs pesados e bem ritmados.

Há uma resposta irônica e involuntária para a I´m a Man, de Bo Diddley, na faixa I´m A Woman, que segue o mesmo tipo de arranjo da gravação de Diddley.

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Não bastasse o fato de tocar guitarra com maestria, Eliana ainda exibe um vocal firme, bem afinado com o estilo. Ela é capaz de recriar com competência canções de outros artistas e bandas. Soulshine, clássico da Almann Brothers Band, ficou magistral na voz de Eliana, que ainda encontrou fôlego para um belo solo de guitarra.

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Em seu site oficial, Eliana cita como influências importantes Guns N’ Roses, Joe Bonamassa, Eric Sardinas, Susan Tedeschi, Aretha Franklin, Stevie Ray Vaughan e Led Zeppelin. E realmente funciona como um caldeirão dessas influências em Eletric Woman.

O disco vai agradar em cheio os fãs do estilo blues rock.

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