Gal Costa ao vivo: muito além da Estratosfera
Houve um tempo nas décadas de 70 e 80 em que ouvíamos a voz de uma cantora baiana com bastante frequência nas rádios e em trilhas de novela na televisão.
Com um timbre agudo e bastante afinado, Gal Costa conquistou rapidamente o público e a crítica com a força de sua interpretação, sempre impecável nos mais variados ritmos que ela cantava.
E a coisa se repete no seu mais recente lançamento, o álbum Estratosférica Ao Vivo, que atesta a genialidade da intérprete.
Estratosférica ao Vivo não é apenas o registro de um show de Gal Costa; é um retrato da artista ao alcançar os 70 anos de vida, 50 deles dedicados à música.
A gravação do álbum aconteceu em 24 de junho de 2017, na Casa Natura Musical, em São Paulo.
O repertório tem canções de Caetano Veloso (Objeto Não Identificado; Como 2 e 2), Tom Zé (Namorinho de Portão), Luiz Melodia (Pérola Negra, sempre um clássico em sua voz), Jards Macalé e Waly Salomão (Mal Secreto), Carlos Pinto e Torquato Neto (Três da Madrugada), Roberto e Erasmo Carlos (Meu Nome É Gal), entre outras.
Traz também algumas faixas que nunca haviam chegado à voz de Gal, mas que caem como uma luva para a intérprete, como Cartão Postal, rock de Rita Lee e Paulo Coelho lançado originalmente em 1975, e Os Alquimistas Estão Chegando, de Jorge Ben Jor, além da releitura de Arara, uma canção de Lulu Santos lançada por Gal em 1987.
É sempre um prazer ouvir Gal Costa, pois seu talento é tão grande e infinito quanto a dimensão do universo. Muito além da estratosfera, com toda certeza.
Em tempo: os fãs de música brasileira ganharam um presente nos últimos dias.
Gal e Maria Bethania, após mais de 20 anos sem cantarem juntas, anunciaram que vão lançar a música Minha Mãe no novo álbum de Gal, atualmente em fase de finalização. Inspirada nas mães das artistas e em Nossa Senhora, Minha Mãe tem letra de César Lacerda e Jorge Mautner e marca o reencontro das duas poderosas vozes. Vale lembrar que elas já cantaram juntas em Sonho meu, O ciúme e Oração de mãe menininha.