Texto porLuiz Gomes Otero

Foo Fighters mais pop em Medicine at Midnight

Com quase um ano de atraso, o Foo Fighters lança seu 10º disco de estúdio, intitulado Medicine at Midnight, E acerta ao apostar em um tipo de sonoridade mais pop.

Segundo seu líder e fundador, Dave Grohl, os trabalhos do veterano David Bowie nos anos 80 inspiram o álbum.

Grohl, que também foi o baterista do Nirvana nos anos 90, cita Bowie porque, naquela época, seu som ficou mais próximo das rádios. E é assim que o ouvinte vai sentir a sonoridade desse Medicine At Midnight: com canções que tocariam facilmente em qualquer FM.

Esse ar de leveza nas canções foi motivado principalmente pelo momento que todos nós estamos atravessando, com a pandemia do Covid-19 assolando o planeta.

O riff da faixa de abertura, Making A Fire, já dá uma boa amostra de o que a nova fase da banda traz. Depois vem Shame Shame, um dos três singles escolhidos para divulgar o álbum nas rádios, com refrão cantado bem no estilo David Bowie.

Waiting Of War é a faixa que mais gostei desse álbum. Tem um toque de rock mainstream, mas sem soar piegas. Bem radiofônica, na minha opinião. E mostra bem a evolução de Grohl como intérprete.

No Son Of Mine homenageia o veterano Lemmy Kilmister, fundador do Motorhead, falecido em 2015. Talvez por isso seja faixa mais pesada do disco. Mas sem fugir da proposta da banda para o álbum.

Há ainda outros bons momentos, como a singela Chasing Birds e a ótima faixa-título Medicine At Midnight.

Grohl parece ter se inspirado nos ricos anos 70 para compor essa canção. No geral, o novo álbum vai agradar os antigos fãs e ajudar até a conquistar novos admiradores do grupo. Foi com certeza mais um acerto do Foo Fighters.