O escravo arquiteto que fez o projeto de diversos ícones da cidade de São Paulo

A história

de Tebas

Esta é a história de Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas. 

Os projetos de Tebas ajudaram a construir SP.  O arquiteto escravo só foi reconhecido como tal 200 anos após a sua morte.

Tebas projetou o primeiro chafariz público da capital paulista, o Chafariz da Misericórdia – demolido quando a água encanada chegou à cidade.

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Tebas também trabalhou em obras icônicas até hoje de pé em São Paulo como, por exemplo: - Catedral da Sé; - Mosteiro de São Bento (foto); - Fachada da Igreja da Ordem Terceira do Carmo

Tebas nasceu em 1721 em Santos. Era escravizado por um português, um dos mais reconhecidos mestres de obras da região, que ensinou a ele o ofício.

Aos 29 anos, ainda escravizado, partiu para São Paulo.  Uma vez na capital paulista, Tebas teve um crescimento profissional inimaginável e se tornou parte da história da cidade.

“Foi decisivo para a constituição do  período de ‘renovação estilística', especialmente nas igrejas na segunda metade do século 18’”, Benedito Lima de Toledo, professor da FAU-USP.

Após a morte de seu senhor, o então arcebispo da Sé, Matheus Lourenço de Carvalho, ficou com Tebas para finalizar a torre. Em seguida, entre 1777 e 1778, assinou sua alforria ao fim da obra.

Assim como muitos negros importantes para a história do Brasil, o nome de Tebas foi apagado dos livros até recentemente. 

Ele ganhou essa estátua em sua homenagem em 2020, Fica na Praça Clóvis Beviláqua, face leste da Praça da Sé. 

No mesmo ano, Tebas virou doodle do Google caracterizado na ilustração com sua especialidade, as pedras.