O escravo arquiteto que fez o projeto de diversos ícones da cidade de São Paulo
Esta é a história de Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas.
Os projetos de Tebas ajudaram a construir SP. O arquiteto escravo só foi reconhecido como tal 200 anos após a sua morte.
Tebas projetou o primeiro chafariz público da capital paulista, o Chafariz da Misericórdia – demolido quando a água encanada chegou à cidade.
Tebas também trabalhou em obras icônicas até hoje de pé em São Paulo como, por exemplo: - Catedral da Sé; - Mosteiro de São Bento (foto); - Fachada da Igreja da Ordem Terceira do Carmo
Aos 29 anos, ainda escravizado, partiu para São Paulo. Uma vez na capital paulista, Tebas teve um crescimento profissional inimaginável e se tornou parte da história da cidade.
“Foi decisivo para a constituição do período de ‘renovação estilística', especialmente nas igrejas na segunda metade do século 18’”, Benedito Lima de Toledo, professor da FAU-USP.
Após a morte de seu senhor, o então arcebispo da Sé, Matheus Lourenço de Carvalho, ficou com Tebas para finalizar a torre. Em seguida, entre 1777 e 1778, assinou sua alforria ao fim da obra.
Assim como muitos negros importantes para a história do Brasil, o nome de Tebas foi apagado dos livros até recentemente.