Santos foi o berço desse esporte no Brasil - e inovou com a primeira escola pública de surfe do mundo
E foi em Santos que tudo começou. A primeira prancha do país surgiu na cidade.
Em 1937, um santista voltou dos EUA com uma edição da revista Popular Mechanics. Em suas páginas, havia a planta de uma prancha. Seu filho, Osmar Gonçalves, montou a engenhoca com os amigos.
No ano seguinte, na praia do Gonzaga, Osmar surfou a primeira onda no Brasil. Então, nada mais justo que a democratização da modalidade se desse também na cidade pioneira.
O objetivo inicial da Escola Radical era formar novos talentos. Porém, com o passar dos anos, ficou claro que o surfe vai muito além das competições e medalhas.
Hoje, o equipamento do Posto 2 tem um objetivo social muito maior do que qualquer coisa. São mais de 400 alunos matriculados, desde crianças até idosos.
“Nossa missão é passar para as pessoas que é possível ser feliz gratuitamente através do surfe”, comenta o surfista e coordenador da escola pública de surfe, Cisco Araña.
Para Fernando Amarelo, surfista veterano, para além disso, a escola também ajudou ao tirar o estigma do esporte. Já que, por muito tempo, o surfe foi oprimido e marginalizado.
Em 2019, Santos inaugurou a primeira escola de surfe adaptado do país, tornando o esporte ainda mais inclusivo para todos.
O pioneiro Osmar Gonçalves, que ganhou uma estátua em sua homenagem em frente à escola, estaria orgulhoso dessa história.