Quem foi a mulher que, com sua coragem e senso de inovação, mudou os rumos da economia do Brasil
Patrícia Rehder Galvão, ou simplesmente Pagu, nasceu no interior de SP, em São João da Boa Vista. Escolheu Santos como sua cidade do coração. Por isso, muitas vezes se disse santista.
Em uma viagem para Buenos Aires, Pagu conheceu Luiz Carlos Prestes e passou a se interessar cada vez mais por política e pelas ideias comunistas.
No século 20, Pagu já defendia a participação ativa das mulheres na política e se declarava comunista abertamente. De suas viagens, passou a trazer panfletos e livros marxistas para o Brasil.
Por isso, foi a primeira mulher brasileira a ser uma presa política. Neste período, o primeiro de 23 prisões, ficou na pior cadeia da América Latina, em Santos (hoje conhecida como Cadeia Velha).
Além da intensa atuação política, Pagu foi muito mais do que apenas a musa do modernismo brasileiro. Ela, de fato, revolucionou a cultura nacional por uma série de razões.
Editou o jornal O Homem do Povo; participou da organização do Socorro Vermelho (apoio a grevistas e militantes); foi cronista de A Tribuna; e traduziu autores até então desconhecidos no Brasil.
E nem chegamos ainda no impacto mais importante que Pagu causou na economia brasileira...
Separada de Oswald, ela planejou uma viagem à Europa e à Ásia, para conhecer os regimes comunistas da Rússia e da China.
No último, conheceu a "vaca vegetal" e se apaixonou pelo ingrediente.
Hoje, a soja é a principal cultura do agronegócio nacional. Mas poucas pessoas sabem que foi uma mulher tão ligada a Santos que a implementou no país.