Clubes

Lugares de encontro e interação, os clubes que sobreviveram aos anos 90 em Santos agora passam por novos desafios. Será que  a paisagem urbana ainda tem lugar para eles?

de Santos

Os clubes sempre fizeram parte da vida social e cultural de Santos - em especial, por conta do estilo de vida ligado à praia. 

Clube XV

Clube de Regatas Santista

A importância desses espaços é imensa. Nos clubes, famílias e amigos se encontravam. Mais do que isso: eles sempre representaram um patrimônio histórico, arquitetônico e esportivo da cidade.

O Clube Internacional de Regatas foi fundado em 1898 e existe - e resiste - até hoje na sede da Ponta da Praia.

O Clube dos Ingleses, no José Menino, e o Tênis Clube, no Boqueirão, seguem mais também ou menos no mesmo modelo.

Mas muitos dos clubes começaram o século 21 tendo que se adaptar a novos espaços após terem partes de seus terrenos comprados pelo setor imobiliário.

É o caso do Clube XV, da AABB, do Vasco da Gama e do Sírio Libanês. 

Outros  3 clubes importantes para a vida esportiva e social da região - e também para a nossa memória afetiva -  correm o risco de desaparecer: Atlético Santista, Portuários e Portuguesa Santista.

Suas áreas, das poucas ainda livres para serem aproveitadas como equipamentos de esportes e lazer na cidade, estão na mira de empreendimentos imobiliários.

O grande valor arquitetônico, como é o caso da sede do Atlético Santista, e o porte das praças esportivas da Portuguesa e do Portuários, é uma situação que diz respeito à memória de  toda a cidade.

Tramita na Câmara de Santos um pedido de tombamento do Atlético.  É um exemplar da arquitetura moderna na cidade, projeto de 1947 de autoria de Ícaro de Castro Mello e Oswaldo Correia Gonçalves.

O Condepasa, até agora, deu parecer favorável ao tombamento do Atlético, mas a pressão é grande.  A localização estratégica do imóvel, perto da extensão do VLT, faz o mercado se interessar ainda mais.