Texto porLuiz Gomes Otero

Heavy Tiger e o puro rock´n roll

Originária da Suécia, a banda Heavy Tiger está confirmando a escrita de que o rock pode e deve ser feito também por grupos de mulheres.

E, apesar do curto espaço de tempo (elas começaram em 2010!), já vem conquistando terreno entre os aficcionados do estilo musical com seu mais recente disco, intitulado Glitter.

HT_MTS3306

Mais do que rostinhos bonitos

A banda conta com Maja Linn (guitarra e vocais), Sara Frendin (baixo e backing vocals) e Astrid Carsbring (bateria e backing vocals), ou seja, a formação do velho e bom power trio do rock.

E não se impressione com o nome do disco (Glitter). O visual e a sonoridade das moças nos fazem lembrar de outras bandas femininas do gênero, como The Runaways (mas com um cuidado a mais nas roupas e no visual).

heavy3

O som mescla influências do punk rock (The Clash é uma das referências mais evidentes) e dos ícones do hard rock dos anos 70 (dá pra notar um pouco de Kiss nos arranjos, por exemplo).

É simples e direto. Sem frescuras ou muitas produções de estúdio.

Desde a primeira faixa, I Go for the Cheap Ones, o ouvinte deve manter o volume do player em alto e bom som, porque é assim que as moças do Heavy Tiger gostam de ser ouvidas.

A adrenalina corre solta nas faixas The Only Way Is Up,  Feline Feeling, Shake Me e No Tears In Tokyo; Gostei muito de Catwalking on a Dog Day Afternoon, que tem um toque de Ramones (outra referência importante para elas) no coro do refrão. E a coisa se repete nas faixas Downer and a Sunny Day e Devil May Care, de forma competente.

heavy1

Glitter, do Heavy Tiger, não é um grande disco de rock. Mas traz uma receita infalível para quem curte o estilo. E cá entre nós: isso já basta para curtir o som das suecas.