Em dia de chuva, fuja dos raios

É verão e, por isso, não importa que dia o calendário marque: a praia está sempre cheia.

Mas, para quem não sabe, esse mês de janeiro marca o período em que Santos e região vivem a maior incidência de raios no ano inteiro – em razão das altas temperaturas que atormentam os nossos dias.

A previsão climatológica indica que esse cenário fica ainda mais sério nos fins de tarde. Por isso, a gente precisa conversar e esclarecer algumas coisas, para evitar más notícias envolvendo raios e banhistas.

Imagem: Divulgação/Stefan Lambauer

Cuidados na praia/piscina

Curtir o sol em um ambiente refrescante, na companhia de pessoas que a gente gosta, uma cerveja gelada e boas comidas, é uma delícia. Mas, quando a natureza dá o alerta que chegou a hora de voltar para casa, não é legal protelar isso.

O céu escuro e com nuvens mais densas indica que tem chuva chegando e o ideal é evitar locais abertos.

Em média, há 111 mortes por raios no Brasil registradas a cada ano – aqui em Santos, a última aconteceu em 2014, mas uma banhista foi atingida em Itanhém nos primeiros dias do ano e outros casos apareceram toda Baixada Santista.

“Nessa situação, o melhor a fazer é procurar um local fechado, isolado e amparado por paredes de concreto”, explica o coordenador da Defesa Civil, Daniel Onias.

Ele ainda comenta que esse tipo de fenômeno rola muito rápido e que, como estamos numa região litorânea, o clima quente, a umidade e a posição geográfica estabelecem o cenário perfeito para a formação de tempestades.

TEM QUE TOMAR CUIDADO MESMO! Isso significa ficar longe de árvores, postes, fios e estruturas metálicas. Também evite segurar objetos pontiagudos e de metal.

Os cuidados continuam mesmo depois de chegar em casa. Por lá, evite a proximidade com tomadas, canos, janelas e portas metálicas e se você mora em prédio verifique com o sindico se ele tem para raio e se a manutenção foi feita.

Mas o que é um raio?

Se você acha as imagens de raios bonitas e não entende o porquê de tanto perigo, a explicação é bem simples: trata-se de uma descarga elétrica muito intensa.

Eles acontecem porque a região está eletrificada, seja por chuva (o nosso caso), colisão de cristais de gelo ou nuvens de cinza lançadas por um vulcão. Os raios podem se formar tanto dentro das nuvens, como entre nuvens ou entre a nuvem e a terra.

E fica esperto que um raio cai duas vezes no mesmo lugar, sim!

Se você ainda não se convenceu, o nosso último argumento: a cada mil metros quadrados santistas, caem nove raios. Então fica esperto, no início do ano, os raios são recorrentes em Santos e você precisa se proteger.